A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol deve enviar ainda nesta terça-feira resposta à Comissão Nacional de Clubes sem admitir corte de salário dos jogadores no período de paralisação do esporte. Depois da segunda proposta dos clubes, no qual houve ajuste de proposta de 50% para 25% de desconto do salários dos atletas, jogadores de futebol sinalizaram com a negativa à oferta dos clubes, mas ainda assim vão propor acordo em outros termos.
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O ponto principal diz respeito justamente à discussão salarial. Os atletas não admitem redução nem de 50% nem de 25%, pois a maioria dos clubes no país com dois, três meses de atrasos salariais - quando não há situações piores, inclusive em clubes grandes. A FENAPAF não representa diretamente os atletas, mas negocia com a Comissão Nacional de Clubes, que representa 46 times em todo país, por alguns sindicatos. Por isso a resposta às duas propostas dos clubes vai vir através dela.
Representantes de jogadores entendem que ainda não há prejuízo financeiro aos clubes - ou seja, não houve cortes de verba de transmissão, de patrocinadores nem outras receitas que só viriam em meses mais adiante (como janela de transferências para o futebol internacional, por exemplo) -, por isso não concordam com os futuros descontos em remuneração de atletas. Pelo menos não inicialmente.
Em Recife, o Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol de Pernambuco já receberam negativa de jogadores sobre a proposta da Comissão Nacional de Clubes. O presidente Ramon Ramos contou que jogadores de Náutico, Santa Cruz e Sport querem negociar diretamente com seus clubes, o que é uma tendência em outros estados também. Ou seja, diretorias negociarem diretamente com os atletas, com auxílio de cada sindicato estadual.
Na proposta, a Comissão Nacional de Clubes prevê, além dos descontos de 25% por "força maior", da paralisação dos jogos, férias coletivas de 20 dias entre 1 e 20 de abril. Este ponto deve ser mantido a partir do decreto do governo federal, da última segunda-feira.
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