Ainda sem perspectiva da bola voltar a rolar em todo o país, os clubes ainda buscam alternativas e estudam o cenário provocado pela pandemia do novo coronavírus. A doença impactou o calendário brasileiro e entrou no vocabulário do futebol. Em balanços financeiros, dirigentes de clubes brasileiros previam quadro caótico.
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Parados desde a primeira quinzena de março, as diretorias contabilizam prejuízos. Apesar de iniciativas para o retorno do esporte - com protocolos diversos e muita discussão sobre a prática desses procedimentos -, o mês de junho deve marcar os 90 dias de paralisação.
Em balanços financeiros de 2019 e nos primeiros retratos de 2020, os clubes já sentiam a possibilidade de retração no mercado. Dos 20 clubes da Série A, doze deles trataram da pandemia no documento oficial de apresentação de contas.
Com quase R$ 1 bilhão de receitas no super vitorioso ano de 2019, o Rubro-Negro sentiu o efeito do coronavírus no cofre e realinhou o discurso. Ainda no balanço, comunicou que "fez um testes de stress" com cenário de interrupção de jogos por três meses e concluiu: "os impactos financeiros são absorvíveis e não representam risco de continuidade nas operações".
Em pouco tempo, foi obrigado a rever quase tudo. O balancete do primeiro trimestre já admitia que o impacto "é mais longo e severo do que o imaginado em março". Trocou o otimismo pela "situação transitória" para uma dose de imprevisibilidade: "não é possível indicar o fim da crise".
O clube demitiu 62 funcionários e homologou acordo de redução dos salários de funcionários a partir de maio - corte de 25% para quem recebe acima de R$ 4 mil. Jogadores abriram mão do direito de imagem até o ano que vem. Este valor será pago posteriormente.
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Flamengo, crise, coronavírus, economia, financeiro
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