Ao mesmo tempo que o Grupo Globo anunciava a rescisão do contrato de transmissão do Campeonato Carioca com Federação e clubes do Rio de Janeiro, o desembargador Ricardo Couto de Castro concedia a liminar solicitada pela emissora que visava impedir a transmissão do jogo entre Flamengo e Boavista na última quarta-feira (1). Em sua decisão, o magistrado informava ficar "vedada a reexibição da partida realizada no dia 01.07.2020, entre a parte agravada e o Boavista Futebol Clube, sem anuência da parte agravante [Globo], sob pena de incidência da multa acima estabelecida [R$ 2 milhões]".
LEIA TAMBÉM: Globo rescinde contrato de transmissão do Campeonato Carioca
O documento, no entanto, não muda os planos do Rubro-negro, que informou manter o planejamento para transmitir as partidas como mandante em suas redes sociais. Tal liminar que poderia barrar qualquer transmissão em YouTube, Twitter e Facebook, no entanto, é classificada como "sem efeito" após a rescisão do contrato que vigorava para o torneio.
"A base de toda a discussão era o contrato da Globo com federação e times. E ele foi rescindido. Não há mais sentido. É sem efeito", argumentou o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, em entrevista para o site UOL. "Ela entrou com uma petição desistindo da ação no início da manhã. A partir do momento que não tem mais o contrato, não tem mais direito. O caso perdeu o objeto", completou.
O dirigente ainda confirmou a ideia de manter a transmissão dos jogos do Rubro-negro no Campeonato Carioca. "Nos jogos que formos os mandantes, seguiremos com a nossa transmissão. Ou na Fla TV ou negociando com alguém que queira transmitir mediante um pagamento", explicou Dunshee.
A próxima transmissão será no fim de semana, na semifinal da Taça Rio, onde o Flamengo já tem o mando de campo garantido. Caso avance à final, um sorteio determinará o mando de campo do duelo previsto para a próxima quarta (8). Sem o contrato com a Globo, os clubes envolvidos têm autonomia para decidir sobre como irão reproduzir as imagens dos jogos.
A ideia é rubro-negra é repetir o modelo da última quarta: explorar a venda de jogos para exterior, doações na transmissão no Brasil, patrocínios e ganhos de mídia do Youtube e Facebook.
"A curto prazo não tem muito mais o que fazer. Temos a semifinal da Taça Rio, podemos não ter a final porque será sorteio. E pode ter a final do Carioca. Posso ter de um jogo a três jogos", afirmou Gustavo de Oliveira, vice-presidente de Comunicação, que não descarta negociar com os clubes adversários se houver interesse deles.
LEIA TAMBÉM: Globo x Flamengo: quem teve mais audiência na quarta-feira
Flamengo, globo, briga, transmissão, liminar
J
Dúvida, como que o processo está encerrado se a Globo continua pagando os clubes?