Bellintani: Clubes criativos podem mais ficar menos dependentes da Globo

3/7/2020 11:12

Bellintani: Clubes criativos podem mais ficar menos dependentes da Globo

Bellintani: Clubes criativos podem mais ficar menos dependentes da Globo
A briga entre o Flamengo e a TV Globo após a MP 984, editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o uso da Fla TV para a transmissão de jogo do Campeonato Carioca, o que causou o cancelamento do contrato da Globo com a competição, marcam um movimento que pode ter consequências no futebol brasileiro. Outros clubes têm discordâncias em relação aos direitos de transmissão. O Bahia é um que bate de frente com a emissora e tem atuado para depender cada vez menos da TV.



Em entrevista ao programa Os Canalhas, com os jornalistas João Carlos Albuquerque e Rodrigo Viana, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, afirma não ter receio de confrontar a Globo pelos direitos do clube e faz um misto de elogios e críticas à forma como a emissora atuou no futebol brasileiro nas últimas décadas.



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"Não dá para piorar o que gente tem com a Globo, não dá para piorar. É muito ruim, é péssimo. Com todo o respeito à Globo, a Globo é um importantíssimo agente do futebol brasileiro, é importantíssimo. A Globo estruturou o futebol brasileiro por décadas e isso tem valor, eu não estou falando de coisas ruins só. A Globo é um player importantíssimo para o futebol brasileiro, sem ela o futebol brasileiro não seria o que é hoje e não teria também talvez os defeitos que tem hoje", afirma Bellintani.

"O Bahia faturou R$ 95 milhões em 2017, sendo que R$ 65 milhões foram de direitos de TV da Globo, ou seja, dois terços do que o Bahia arrecadava vinha da Rede Globo de Televisão. Dois anos depois, a gente saiu de R$ 95 milhões para R$ 189 milhões. Nós dobramos a receita em dois anos, e a receita que era da Globo de R$ 65 milhões, foi para R$ 50 milhões, porque a gente fechou com a Turner o outro complemento. O Bahia saiu de 66% de dependência da Globo para algo perto de 25%, 27% mais ou menos, sendo que saímos de um pay-per-view de R$ 20 milhões para um de R$ 8 milhões por ano", completa o dirigente.

Apesar das queixas a respeito da distribuição de verba do pay-per-view, o dirigente vê, pelo que já conseguiu fazer no Bahia, que é possível que os clubes arrumem outras maneiras de arrecadas sem que sejam dependentes apenas do contrato de direitos de transmissão com a Globo e cita exemplos de como conseguiu fazer o clube que preside se organizar financeiramente.

"Está chegando o momento em que os clubes médios criativos do futebol brasileiro, os que são criativos, porque os que são preguiçosos vão ficar dependendo, são incapazes de fazer um programa de sócio, eu tinha 14 mil sócios aqui quando entrei como presidente, hoje a gente tem 45 mil. A gente saiu de 14 para 45 com criatividade, nós montamos marca própria de material esportivo com criatividade, é coisa que dá trabalho demais, mas dá dinheiro, só que dá trabalho. Os clubes criativos médios e pequenos podem cada vez mais ficar menos dependentes da Globo, isso pode acontecer", conclui o dirigente.

Mínimo garantido a Corinthians e Flamengo gera queixas
Bellintani tem críticas à forma de distribuição do pay-per-view devido ao mínimo garantido a Flamengo e Corinthians, que ficam com a maior parte do valor a ser repassado aos clubes, 13% do arrecadado pela emissora, que divide 62% com as distribuidoras, enquanto as demais 18 agremiações dividem 25% do total, com percentuais diferenciados por número de torcedores. E outra queixa do dirigente é a respeito da pesquisa feita pela Globo para a definição do número de torcedores assinantes do pay-per-view do Campeonato Brasileiro.



"Para pagar o mínimo garantido de Flamengo e Corinthians, para aumentar o percentual de Flamengo e Corinthians na base, porque no interior tem muito mais torcedor de Flamengo e Corinthians do que do Bahia. Incluiu cidade do interior, o percentual do Bahia no PPV saiu de 3,2 para 1,9, aí você fala assim é o mais justo? OK, então vamos pesquisar as cidades do interior, mas vamos tirar o mínimo garantido, porque não faz sentido. Não dá para ser justo com um jeito e do outro lado não ser justo. E aí o resultado, o Bahia já faturou R$ 20 milhões e fatura R$ 8 milhões", diz o presidente do clube baiano.

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439 visitas - Fonte: UOL


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