A Defensoria Pública do Rio de Janeiro vê a troca de e-mails do Flamengo como "prova inconteste da responsabilidade do clube" e indica que os documentos "serão anexados à ação coletiva" que, juntamente ao Ministério Público do Rio de Janeiro, move contra o Rubro-Negro.
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Ainda de acordo com nota da Defensoria Pública do Rio de Janeiro enviada ao UOL Esporte, as correspondências indicam que os dirigentes "sabiam do risco de vida a que estavam submetendo os adolescentes que ali dormiam, e nada fizeram para evitar a morte de 10 jovens".
Em matéria publicada hoje (9) pelo UOL Esporte, e-mails internos foram revelados. As mensagens apontaram que o Flamengo sabia da ameaça em função da precariedade das instalações elétricas do CT Ninho do Urubu desde 11 de maio de 2018. Em fevereiro do ano passado, um incêndio no local deixou 10 jovens mortos e outros três feridos.
Recentemente, o Ministério Público reiterou o desejo de que seja realizada uma audiência de conciliação com a presença de Rodolfo Landim, presidente do Rubro-Negro. Além disso, o MP pediu que se determine que o clube apresente os documentos originais relativos aos sete acordos já feitos com os familiares das vítimas fatais, sob a alegação de que que "as cópias não estão totalmente legíveis e que a cognição completa de todas as informações ali constantes é essencial".
Veja nota da Defensoria Pública do Rio de Janeiro:
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Os e-mails mostram que os representantes do Flamengo (em especial o gerente e o diretor responsáveis pela administração do CT) tinham ciência, desde maio de 2018, das gambiarras nas instalações elétricas do alojamento da base, tendo o gerente dito que as instalações foram feitas "no esquema 'faça-de-qualquer-jeito". Os e-mails também comprovam que eles sabiam do risco de vida a que estavam submetendo os adolescentes que ali dormiam, e nada fizeram para evitar a morte de 10 jovens, e as lesões em tantos outros. Esses documentos são a prova inconteste da responsabilidade do clube, e serão anexados à ação coletiva. A Defensoria Pública continuará buscando a reparação integral dos danos causados pela tragédia no Ninho do Urubu".
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