Depois de uma goleada sofrida na altitude de Quito para o Independiente Del Valle e um surto de casos de Covid-19 que desfalcou time para jogos contra Barcelona de Guayaquil, Palmeiras e outro duelo com o Del Valle, o Flamengo conseguiu sair da situação complicada conquistando pontos importantes no Campeonato Brasileiro e na Libertadores, além de descobrir novas peças com as quais pode contar.



No podcast Posse de Bola #61, Mauro Cezar Pereira afirma que toda a situação vivida pelo Rubro-negro mostrou um elenco mais unido, deixando para trás um momento em que parecia haver uma divisão e algum descontentamento.


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"Acho que é importante, é lógico que isso a gente vai saber mais adiante, mas foi um sinal que foi dado de uma união, elenco, jogadores. Na dificuldade, as atuações dos caras mais experientes, principalmente o Arrascaeta, que jogou barbaridade, acho que isso é muito importante, porque havia uma sensação de que alguma coisa estava ali meio quebrada, tipo jogadores não concordando com a forma como o cara treina o time, a história do rodízio, muito ti-ti-ti", diz Mauro Cezar.

"Havia claro ali um clima meio estranho, parecia que não havia sintonia, e agora parece haver. Até para jogadores que pegaram a Covid e que ficaram fora, a primeira leva já ficou disponível nesse jogo no banco pelo menos, mas os outros virão agora em breve, me parece que vão encontrar outro cenário. Acho que isso é bem importante para essa próxima fase agora, até porque o Flamengo vai ter desfalques por conta das seleções, vai começar a Copa do Brasil, e descobriu que pode contar com alguns jogadores com os quais ele não contava", completa.

Com o Flamengo comandado pelo auxiliar Jordi Guerrero no empate com o Palmeiras e na vitória sobre o Independiente Del Valle, alguns torcedores manifestaram uma preferência pela forma como o time jogou com o auxiliar de Domènec Torrent, técnico que está afastado por haver testado positivo para a Covid-19. Mauro diz que é óbvio que Dome participou do planejamento e vê uma perseguição ao técnico na comparação.

"Tem aquela coisa 'o auxiliar é melhor', o técnico Dome obviamente participou de toda a estratégia, da definição da escalação, o cara não está lá morrendo, está em casa, com a Covid, mas ele não está entre a vida e a morte a ponto de não poder falar com a pessoa. Ele pode falar, ele pode falar no telefone, pode falar em videoconferência, ele está se comunicando", diz Mauro Cezar.



"É um trabalho da equipe, obviamente, não estão desconectados. Aí vai também de uma certa má vontade de uma parte da torcida com o Dome. Se tivesse dado errado, o cara falaria: 'é o Dome que está lá comandando pelo telefone', que nem o Oswaldo lá e o Waldemar, é o que iriam falar. Como deu certo, 'o Dome não tem nada com isso, o bom é o auxiliar'. Aí é má vontade das pessoas com o técnico", conclui.

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