O Flamengo volta a jogar hoje, às 16h, diante do Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro após o empate em 1 a 1 com o Red Bull Bragantino, em jogo que teve um lance não marcado de pênalti a favor do clube rubro-negro e que Mauro Cezar Pereira chama a atenção para a diferença nos critérios adotados pelos árbitros de campo, os responsáveis pelo VAR e até mesmo os comentaristas de arbitragem na TV.



No podcast Posse de Bola #65, Mauro Cezar afirma que a falta de um critério mais objetivo da arbitragem só favorece a teoria da conspiração em relação ao VAR e suposições de que um clube é mais beneficiado e outro mais prejudicado em relação aos demais.


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"Eu vi um lance de um pênalti contra o Red Bull Bragantino, de um braço aberto na área, e o Paulo Cesar Oliveira, que comentava o jogo na transmissão, falou que não foi pênalti, e o Anderson Daronco nem chamou o árbitro para verificar no monitor, não recomendou nada. Acabou o jogo, a gente começou a fazer o Linha de Passe na ESPN e eu recebo uma mensagem de um instrutor de arbitragem dos cursos da CBF e espontaneamente ele me escreveu: 'Mauro, muito pênalti'. Eu nem gosto muito dessa expressão, mas ele falou 'muito pênalti', aí agora recebo uma outra mensagem, de uma outra pessoa dizendo o seguinte 'pênalti, Mauro, não disputou a bola, jogou o corpo no caminho e o braço aberto, é unânime no meio'. Quer dizer, os caras não têm padrão nenhum", diz Mauro.

"Uma hora é, uma hora não é, abre o braço, está de costas, está de frente. Tem que definir esse negócio, como é que é esse negócio? É pênalti? Não é pênalti? Porque amanhã está arriscado a acontecer a mesma coisa em um jogo do Flamengo e darem o pênalti, e aí vai ter o camarada 'viu? Naquela vez lá não deram, agora deram', aí tem o VARmengo e se for para o São Paulo é o VAR São Paulo, para o Corinthians é o VAR Corinthians, para o Galo vai ser o VAR Galo e isso está insuportável. E aí a arbitragem tem responsabilidade pela falta de padrão, cada um fala uma coisa", completa.

Mauro ressalta que muitos torcedores já se confundem em relação às marcações e que não é benéfico a ninguém que não exista uma objetividade em relação ao critério diferente adotado em jogadas semelhantes.

"Eles têm que definir esse negócio, cada hora é de um jeito, está insuportável, não tem padrão, aí você favorece ao que? À teoria da conspiração, a esse blá blá blá. A gente já vive em um país maluco, terça-feira teve um gol anulado do Goiás e teve um cara que é jornalista que escreveu o seguinte na rede social 'o braço do jogador do Flamengo dava condição'. Nós já estamos lidando com um bando de incompetentes e analfabetos do futebol, inclusive gente que trabalha e que acha que o braço dá condição, o braço não conta, gente, para impedimento", diz Mauro.



"O cara quando quer dizer que determinado clube é beneficiado e outro é prejudicado, o cara também distorce e torce a regra, aí você tem os árbitros que confundem mais ainda o torcedor, então até o torcedor bem-intencionado, que não está a fim de sacanear, não está a fim de distorcer, quer só entender e não consegue entender. Então isso é um desserviço, por que um não é pênalti e o outro acha que é? Isso não pode ser discutível, isso tem que ser mais objetivo", conclui.

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