Domènec Torrent à beira do campo durante o duelo entre Flamengo e São Paulo pelo Brasileirão 2020 (Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF)
verdade que o Flamengo jogou sem Gabigol, Arrascaeta, Rodrigo Caio, Thiago Maia, William Arão e Diego. Desfalques pesadíssimos para qualquer time do Brasil (notadamente os quatro primeiros). Mas o time que Domènec Torrent mandou a campo para enfrentar o São Paulo e foi goleado impiedosamente por 4 a 1, em pleno Maracanã, é quase o mesmo que goleou o Corinthians por 5 a 1, na Neo Química Arena, há duas semanas - a única diferença foi o jovem volante João Gomes, escalado no lugar do suspenso Thiago Maia. O que houve?
Falhas individuais, alegou o treinador catalão, na entrevista pós jogo, ressaltando que em sua opinião, de um modo geral, o Flamengo jogou bem! Não jogou, não. Muito pelo contrário. A atuação de Gustavo Henrique foi, de fato, desastrosa, bem como os pênaltis desperdiçados por Bruno Henrique e Pedro foram muito mal batidos. Mas, independentemente disso, o São Paulo se mostrou bem superior o jogo inteiro e o rubro-negro carioca teve atuações coletivas e individuais para esquecer.
Qualquer análise isenta é obrigada a reconhecer que, desde o primeiro minuto, Fernando Diniz, técnico do São Paulo, engoliu o seu par do Flamengo. Marcando por pressão a saída de bola dos cariocas (algo que os adversários já perceberam ser um dos pontos fracos do campeão brasileiro e da Libertadores), dominou por completo os primeiros 20 minutos da partida e o golaço de Pedro, abrindo o placar, foi na verdade o primeiro e único ataque objetivo do Fla nesse periodo.
Só depois de sofrer o empate, a equipe de Dome começou a tentar controlar as ações. Mas jogava muito espaçada, mostrava-se vulnerável nos contra-ataques e se via em dificuldades para criar no meio-campo e no ataque. Teve até um pênalti a favor, para se colocar em vantagem, mas o desperdiçou bisonhamente e o castigo veio no último minuto da primeira etapa. Resultado justo pelo que os times apresentaram em 45 minutos. Bem ao contrário do que viu o treinador catalão.
Que foi novamente surpreendido por Diniz, na volta do intervalo, com o São Paulo, ignorando a vantagem, e lançando-se ferozmente ao ataque, sem deixar o Flamengo respirar. Antes mesmo de marcar pela terceira vez (em pênalti cometido por Gustavo Henrique), criou várias boas oportunidades e obrigou Hugo a fazer defesas difíceis.
Se Pedro tivesse convertido o segundo pênalti que o Flamengo teve a favor, sim, talvez o resultado fosse outro. Mas somente na base da empolgação e da luta, como passou a jogar o rubro-negro ao se ver em desvantagem de 3 a 1. O artilheiro, porém, cobrou tão mal quanto Bruno Henrique e Volpi defendeu de novo.
O quarto gol foi apenas a cereja de um bolo solado para os cariocas e extremamente saboroso para os paulistas, que saem do Rio certos de que podem, sim, brigar pelo título brasileiro deste ano. Afinal de contas, fizeram uma belíssima partida e golearam, com inteira justiça e até certa facilidade, o time que todos consideram o grande favorito do campeonato.
Para os rubro-negros restam algumas perguntas que não querem calar:
- Quando Domènec Torrent reconhecerá que nem Gustavo Henrique, nem Léo Pereira têm condições de jogar na zaga do Fla? Os meninos Noga, Natan e Otávio são muito melhores que eles.
- A "carruagem" de Vitinho no lugar de Arrascaeta já virou abóbora podre. Aquela excelente atuação contra o Corinthians foi a exceção que confirma a regra. Ele não tem condições de jogar ali. Errou praticamente tudo o que tentou contra o São Paulo. Até quando Dome insistirá com isso?
- Entende-se que o acúmulo de jogos causado pela pandemia esteja dificultando o trabalho, mas por que o departamento médico do clube (tão elogiado por sua eficiência, na temporada passada) agora demora tanto a recuperar os jogadores? Arrascaeta e Rodrigo Caio só serão liberados para jogar pelas eliminatórias pelo Brasil e pelo Uruguai? Faz algum sentido? E Pedro Rocha, o que há com ele? Parece até fazer vestibular para ser o novo Ederson...
- O Flamengo abandonou a marcação pressão na saída de bola do adversário e passou a marcar mais atrás. Curiosamente, porém, o time tem se mostrado mais espaçado que antes! Contra o São Paulo, Gérson esteve isolado na intermediária rubro-negra. Éverton Ribeiro voltou a ficar praticamente fixo na direita e Vitinho atuou mais como segundo atacante do que como meio-campista. O treinador não está vendo isso?
- Apesar dos bons resultados na sequência insana de 10 jogos (até a goleada sofrida ontem), por que a defesa levou gols em praticamente todos eles? É das mais vazadas do campeonato, com 25 gols sofridos, que poderiam ser bem mais não fossem as excelentes defesas de Hugo, desde a partida contra o Palmeiras. Trocar constantemente a dupla de zaga não prejudica o entrosamento e compromete o rendimento de toda a defesa?
- O Flamengo não faz um gol de falta há um tempo inacreditável. Agora vai sofrer também com os pênaltis? Será preciso Gabriel voltar, para ter um batedor minimamente bem treinado e eficiente? Quem cuida disso, na comissão técnica?
- Por que Dome custa tanto a fazer substituições, mesmo quando fica evidente que o time não está conseguindo desenvolver bom futebol? Contra o São Paulo, uma vez mais, demorou demais a mexer e, quando o fez, o jogo já estava perdido. É verdade que, nesse jogo específico, as opções do banco não eram animadoras. Mas esse tem sido um problema recorrente.
Para finalizar, dois registros:
Com a goleada sofrida diante do São Paulo, o Flamengo chegou, em um turno, à quarta derrota no campeonato. Exatamente o número que teve no torneio inteiro de 2019.
O Flamengo não sofria uma goleada, levando quatro gols de um time de fora do Rio, no Maracanã, desde 1996, quando foi derrotado pelo Paraná, por 4 a 1.
LEIA TAMBÉM: Dome se incomoda com perguntas sobre falhas da defesa após derrota do Fla
Conclusão: apesar de tudo, o Flamengo ainda é fortíssimo candidato ao título nas três competições que disputa: Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Mas precisa recuperar, urgentemente, seus titulares contundidos. Porque ainda é na base do talento individual que consegue seus melhores resultados. Coletivamente, apesar de possuir um elenco bem superior, o Flamengo de Domènec ainda está a anos-luz do que jogou o time dirigido por Jorge Jesus.
Flamengo, Desfalques, Atenuam, Dome, Derrota, Humilhante, Diniz, Mengão
Técnico extremamente incompetente.Vai jogar o ano fora. Tem muitos nós táticos pra levar. Insiste em jogadores que só atrapalham. #foradome
Esse tecnico lixo nem pra auxiliar ele serve, cara por mim que se fudesse ate a diretoria.
Enquanto nao volta rodrigo caio arrascaeta arão esse time nao vai ganhar bosta nem uma.o flamengo tem que monta as pessas mais forte que temos se quiser ganhar algumas coisa.pq jj ganhountudo pq ele ja tinha o time desenhado na cabeça.agora esse tecnico de laboratorio e um meche meche do caraio.so fais bosta.vamos cacete colocar fossa maxima para que as vitoria venha cem dificuldade.