O que precisa ser analisado são as circunstâncias que levaram os jogadores a estarem de lados opostos.

No caso do Corinthians é simples: as contratações foram oportunidades de mercado. Nada mais, nada menos do que isso.
Foi assim quando Alessandro chegou para disputar a Série B em 2008. Ou quando Emerson Sheik e Ibson saíram brigados de Fluminense e Flamengo, respectivamente. Já Renato Augusto foi o grande investimento do Timão, ao lado do Pato, para a temporada. E Maldonado veio sem custos, depois de recuperar-se de lesão no próprio Corinthians.

A situação do Flamengo é um pouco diferente. Tá certo que Felipe e Wallace saíram pela porta dos fundos no Timão. E que Elias foi a contratação top do ano. Mas Chicão e André Santos não chegaram por mero acaso. É aí que entra o dedo do técnico.

Mano Menezes não quis inventar. Pediu a aquisição de velhos conhecidos. A situação não exigia apostas. O Flamengo aproveitou que os atletas estavam encostados para completar a formação de um grupo bem entrosado. E parece estar dando certo.

O treinador gaúcho tem o elenco nas mãos. Isso faz a diferença. Tanto faz que nem Jorginho, Dorival Júnior e Vanderlei Luxemburgo conseguiram essa façanha. Eles caíram pouco tempo depois, muito em razão dos conflitos com alguns jogadores.

Dentro de campo, não acredito que o emocional influencie nos jogadores. São profissionais. Por mais que alguns tenham um vínculo mais forte com determinado clube. O Corinthians é favorito porque joga em casa e tem mais time. Mas o Flamengo está com moral. E pode tirar proveito da irregularidade do adversário.