Inquérito que apura incêndio no Ninho troca de promotor e ainda não tem conclusão após quase dois anos
Investigações não contém informações importantes para esclarecimento dos fatos, como análise do disjuntor que apresentava problemas e íntegra de mensagens trocadas entre dirigentes
Faltam menos de dois meses para o incêndio do Ninho do Urubu completar dois anos. Dia em que dez jogadores da base do Flamengo foram mortos e três ficaram feridos. E a ação penal que pode apontar as responsabilidades ainda não começou. Ainda não há denúncia. O inquérito, relatado duas vezes, aguarda parecer do Ministério Público. A novidade nele é que as investigações mudaram de mãos. O promotor Luiz Ayres precisou se licenciar do cargo por motivos de saúde. O novo responsável pelo procedimento é Décio Alonso.
Décio já trabalha na investigação. Em suas mãos, está o relatório (a segunda versão) feito pela Polícia Civil do Rio sem explicações importantes dos fatos. Entre as ausências mais significativas do inquérito está a perícia do disjuntor que atendia aos contêineres onde os adolescentes estavam. Em setembro deste ano, matérias do UOL e da TV Globo revelaram que o equipamento apresentava "graves irregularidades" meses antes do incêndio. E que uma empresa que fora contratada para resolvê-las, não teria executado o serviço.
Fotos do aparelho foram juntadas em ação que corre na Justiça. E por elas, a empresa afirma que o disjuntor com problemas manteve-se intacto após o ocorrido. O equipamento, no entanto, não aparece no material periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) que consta dos autos. Essa perícia foi feita? Se foi, por que não consta do relatório da Polícia Civil?
Outra prova que se mostrou importante para esclarecimento dos fatos são os e-mails trocados entre os dirigentes e demais funcionários do clube, tanto da antiga gestão, quanto da atual. Nas reportagens que revelaram os problemas no disjuntor, pôde-se perceber que informações eram trocadas por e-mail. Não há no inquérito, no entanto, uma troca de mensagens sequer. Por que a Polícia Civil não pediu a quebra do sigilo de mensagens do clube? Pelo que se sabe, há provas disponíveis nestas conversas.
A maior parte das investigações foi feita pelo delegado Márcio Petra, titular da 42ª DP (Recreio) à época. O inquérito relatado por ele, no ano passado, não foi aceito pelo MP. Faltavam, na visão do MP, esclarecimentos por parte da CBF. Após cumpridas estas exigências, o inquérito foi remetido pela segunda vez ao Ministério Público em fevereiro deste ano. Em sede policial, o inquérito passou por pelo menos dois delegados.
Após a reportagem que revelou a existência dos problemas no disjuntor, o MP juntou ao inquérito os documentos anexados pela empresa Anexa Energia Serviços de Eletricidade no processo que move contra o Flamengo. Mas ainda não se sabe se as suspeitas levantadas pelas novidades apontadas mudarão o curso das investigações.
Na última quarta-feira, o blog fez estas perguntas acima à Polícia Civil. A assessoria de imprensa informou que está apurando as informações. Tão logo as tenha, esta nota será atualizada.
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