O encontro entre o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, na tarde desta segunda-feira serviu para que o clube da Gávea baixasse o tom da guerra que vem travando com a concessionária que administra o Maracanã.

Após uma carta aberta em seu site onde mostrava toda sua insatisfação com o estádio e cogitava até não atuar mais no local até o fim de 2013, Bandeira e sua diretoria revelaram uma ligação do governador para representantes da concessionária a fim de intermediar um diálogo em tom mais ameno entre as partes.

"O governador foi muito compreensivo, ligou para o presidente da concessionária para que estudasse o que o Flamengo já propôs e pediu que sentasse imediatamente para chegar a esse acordo, nem que seja para ajustar pontos do acordo até o final do ano. A ideia é firmar condições para que no ano que vem seja firmada uma parceria a longo prazo", disse o presidente do Rubro-negro.

"O Cabral reafirmou que não quer o Maracanã com a Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro) novamente, mas não está definido se a concessionária permanecerá em caráter definitivo. Terá uma solução em breve, mas reafirmamos o nosso desejo de jogar no Maracanã", completou Bandeira de Mello.

O mandatário do Flamengo ainda despistou sobre a ideia de solicitar ao governador que a gestão do estádio fique na mão dos clubes. Bandeira de Mello não confirmou e nem descartou a hipótese, apenas disse que isso não entrou na pauta em um primeiro momento.

"Se vier a compor esta pauta de negociações, pode ser mais lá na frente. Por agora, não veremos isso. O governo está analisando o acordo com o consórcio, se ele se mantém de pé dadas essas novas condições (Júlio Delamare e Célio de Barros mantidos). Se lá na frente o marco regulatório for mudado, aí a gente estuda alguma hipótese".