2/9/2013 20:37
Gestão compartilhada do Maracanã é utopia, diz presidente do Flu
Peter Siemsen disse que o Fluminense está feliz com o modelo atual de gestão privada do estádio, após reunião com o governador Sérgio Cabral para tratar de detalhes de operação com a concessionária Maracanã S/A
Uma utopia. Algo longe da realidade atual do futebol brasileiro. Foi desta forma que o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, classificou a possibilidade, mesmo que remota, de os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro (além do Flu, Flamengo, Botafogo e Vasco) gerirem em conjunto o maior estádio do País, o Maracanã.
"Eu acho que uma coisa é a gente trabalhar com sonho, com utopia. A outra, com a realidade. Os clubes já conseguiram se reunir para mudar o calendário do futebol brasileiro? Não. Se havia união (no antigo e extinto Clube dos 13), não existe mais, que era o caso das cotas de TV", disse o presidente tricolor, bastante incrédulo com a possibilidade.
"Precisamos ser realistas, e não vejo essa realidade próxima com o mesmo posicionamento nessas questões. No estádio não vai ser diferente", completou, em entrevista coletiva aos jornalistas, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, onde se reuniu com o governador Sérgio Cabral para tratar justamente do modelo atual de gestão do Maracanã. O Fluminense assinou com o consórcio Maracanã S/A a utilização da arena pelos próximos 35 anos.
Quando alterou a proposta inicial de concessão do Maracanã e anunciou que estavam revogadas as demolições do Parque Aquático Júlio Delamare, do estádio de atletismo Célio de Barros, e até da escola municipal Friedenreich, além da Aldeia Maracanã, no antigo Museu do Índio, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, ao deixar "em suspenso" o consórcio que hoje gere o estádio, abriu o precedente para que os clubes administrem a arena de forma conjunta, sem interferência do próprio Estado (como acontecia com a Suderj), tampouco do setor privado.
"Cada um tem um perfil de torcida, de relação com a TV. Eu acho sinceramente um sonho, e não acredito nisso", reforçou. "Vamos arrumar a casa primeiro para mostrarmos que temos condições de construir uma gestão conjunta. Aí eu vou acreditar", complementou Siemsen, garantindo que o contrato firmado com o consórcio, hoje, atende perfeitamente aos interesses do Fluminense, ao contrário do Flamengo, que pleiteia um rendimento maior nos jogos em que for mandante.
"O Fluminense está bastante satisfeito. Em quatro jogos, a gente aferiu cerca de 50% de toda a renda do ano passado. Não dá nem para discutir. Um entende que tem uma capacidade x, e outro, y. Na nossa linha de trabalho entendemos que conseguimos um bom modelo", discursou. "Por que eu vou brigar por algo que para mim já está bom". Atualmente, o Fluminense não arca com qualquer tipo de custo administrativo para com o Maracanã e fica com a renda de cerca de 40 mil ingressos dos assentos atrás dos gols.
"A gente acredita muito nessa gestão privada. A negociação foi dura, e é sempre muito difícil negociar algo por 35 anos, mas eles têm sido transparentes e trabalhado de forma conjunta com o clube. Os primeiros eventos sempre mostram o que precisa ser melhorado e a gente vem aprendendo com isso", explicou o mandatário tricolor, que apontou a questão dos 'smart cards` e a falta de estacionamento como os dois gargalos a serem resolvidos junto com o Estado e o consórcio.
De acordo com Siemsen, o Fluminense tem hoje cerca de 16 mil sócios-torcedores que ainda não conseguem adentrar o Maracanã usando o cartão que libera a entrada na catraca - como foi erguido de acordo com os padrões da Fifa, o estádio não libera o ingresso de forma eletrônica, apenas com a apresentação do bilhete, sem vínculo com o programa de sócio tricolor.
"A catraca hoje não faz essa leitura. A gente fez um teste: funcionou com o Santos, e a gente quer isso em processo de solução. Era o nosso maior problema. O outro, é a questão do estacionamento. Você tem outras áreas no entorno, e o governo do Estado e a concessionária vão achar uma solução nesse sentido", concluiu o dirigente.
749 visitas - Fonte: Terra
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