Ali, há menos de um mês, portanto, chegava o desfecho de mais um embate na rivalidade crescente dos clubes, aflorada dentro e fora de campo.

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Palmeiras e Flamengo, aliás, enfrentam-se às 21h30 desta quarta-feira, no Maracanã, em confronto de dualidades: pode alçar o Rubro-negro carioca ao G-4 ou mandar o Verdão para a liderança provisória do Brasileirão.

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É fato que Palmeiras e Flamengo se enfrentaram na final da Copa Mercosul de 1999, com o título aos cariocas, e também em edições da Copa do Brasil no mesmo período, mas é desde 2015 que o status do confronto começou a mudar.

A medida que os clubes assumiram protagonismo como potências econômicas no Brasil, dominaram também o topo das competições no país, acumulando títulos, disputas pessoais e deixando aflorar uma rivalidade interestadual pela condição de maior do Brasil.

Não à toa, até mesmo as lideranças de Palmeiras e Flamengo convivem em constante "choque" público, com episódios recorrentes independentemente de quem esteja à frente da gestão.

Houve embates, por exemplo, entre os presidentes Paulo Nobre e Eduardo Bandeira de Mello, em 2016, por conta de arbitragem, depois Mauricio Galiotte e Marcos Braz, em 2019, com críticas sobre o VAR, e até Leila Pereira e Rodolfo Landim, mas dessa vez sobre outro tópico: as negociações pela nova Liga do futebol brasileiro.

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Leila se irritou com a postura do Flamengo nas negociações da Libra e detalhou divergências com Landim, dizendo não entender por que teria que pagar para Flamengo e Corinthians não perderem privilégios.

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Os times exigem uma "cláusula de estabilidade" para resguardar "clubes que fazem maior concessão na formação da Liga (Flamengo e Corinthians)", enquanto Leila concorda com a visão da Liga Forte Futebol de que a diferença entre os valores para o primeiro e o vigésimo no ranking de arrecadação dos clubes da Série A não pode ser tão grande.

– O presidente do Flamengo foi contra, mas por que tudo tem que ser do jeito que o Flamengo quer? – questionou.

– Eu disse: vocês não são os reis da cocada preta. Todos os clubes ficam quietos, precisa uma mulher bater na mesa. Disse para ele que se não estiver satisfeito, que saia. Foi esse ponto, mas não estou falando sozinha – continuou.

– A soberba do Flamengo é enorme, eles precisam baixar a bola. Não é assim que se faz um futebol saudável, não pode um dirigente por vaidade ficar com picuinha boba - completou.

O ponto principal para ascensão da rivalidade, contudo, foram os grandes confrontos dos últimos anos.

Foi em 2016, por exemplo, que Palmeiras e Flamengo disputaram o Brasileirão intensamente, com direito a discussões entre os presidentes Paulo Nobre e Eduardo Bandeira de Mello sobre arbitragem da competição.

Naquele ano, surgiu a brincadeira do "cheiro de título" - iniciada pelo próprio Rubro-Negro - e que ao fim da disputa virou sinônimo de piada, porque a taça terminou nas mãos do Verdão.

Em 2017, o Palmeiras amargou o vice do Brasileiro - para o Corinthians -, mas em 2018 levou o título outra vez, deixando o Flamengo com a segunda colocação, e nesse ano até o elenco reproduziu a piada passando na frente de uma loja do clube rival, no aeroporto Santos Dumont , tampando o nariz.

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Em 2019, o Flamengo devolveu. Conquistou os títulos do Brasileiro e da Libertadores - no auge do técnico português Jorge Jesus - e os rubro-negros "revidaram" nas arquibancadas e nos vestiários, com gritos de "o Palmeiras não tem Mundial". Ali, até o presidente do clube, Rodolfo Landim, entrou na história. Disse que o "cheiro virou verde".

Dois anos depois, as disputas ultrapassaram os pontos corridos e em 2021 as equipes fizeram a primeira de três finais consecutivas: a Supercopa do Brasil, com título do Flamengo nos pênaltis. No mesmo ano, enfrentaram-se na final da Libertadores e o Palmeiras levou a taça com gol de Deyverson na prorrogação.

Em 2022, uma nova investida do Palmeiras no mercado, quando, antes mesmo do caso de Bruno Henrique, tentou tirar Pedro da Gávea, e viu o Fla não ceder a contratação. Em 2023, foi a vez dos cariocas levarem... o analista de mercado Lucas Oliveira para a comissão de Tite.

No campo, as equipes voltaram a decidir a Supercopa e o Palmeiras ficou com o título neste ano - na mais recente das finais disputadas entre os dois.

Agora, Palmeiras e Flamengo se reencontram no confronto que oficialmente não consta como uma final, mas que para os alviverdes é como se fosse.

– Vai (pesar a questão psicológica), porque é assim que funciona. Quem já ganhou títulos, pontos corridos, sabe como funciona. Agora, não sei quem vai ganhar no fim. O Botafogo ainda é o que está em melhores condições, e continua tendo essa vantagem. Mas vamos fazer nosso jogo – sintetiza Abel Ferreira.

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