O Bragantino vendeu caríssimo o resultado. Mostrou o belo time que tem. Poderia ter aberto o placar em diversas oportunidades. Terminou o jogo com mais finalizações que o Flamengo, mas não teve o mesmo poder de decisão. Não possui um jogador da qualidade de Arrascaeta para converter em bola na rede seus momentos de domínio em jogos de nível tão alto. Uma bela noite de futebol!

Escalações

Tite preservou o desgastado Erick Pulgar. Thiago Maia foi o 1º volante. Ayrton Lucas reassumiu a lateral-esquerda. Filipe Luís foi para o banco. Pedro Caixinha não teve Léo Realpe e improvisou Luan Cândido na zaga. Matheus Fernandes recuperou espaço no meio-campo e Vitinho foi a opção na ponta-esquerda. Thiago Borbas e Mosquera foram para o banco de reservas.

O jogo

As equipes atenderam as expectativas em 46 minutos de futebol na 1ª etapa. Se a rede não balançou, cariocas e paulistas chegaram muito perto disso em algumas ocasiões. O Bragantino foi superior até o intervalo. Estruturou o domínio inicial no ponto mais forte do seu jogo, viu o Flamengo crescer a partir da metade do período, mas não deixou de assustar no fim.

Com uma ótima e intensa marcação no campo de ataque, o Massa Bruta forçou os donos da casa a realizarem muitas ligações diretas. Pedro era o alvo principal, mas o camisa 9 ganhou poucos duelos com a dupla de zaga do Bragantino desta maneira, e os visitantes conseguiam controlar a bola na sequência.

Seja em ataques rápidos ou em trocas de passe mais longas, o time de Caixinha causou perigo, principalmente pelo lado esquerdo. Vitinho, sempre bem aberto, levava problemas a Matheuzinho, e Juninho Capixaba escapava da marcação de Luiz Araújo. Por vezes atacando por dentro, e em outros momentos mais próximo do flanco esquerdo.

As inversões de lado eram bem utilizadas pelo Bragantino também. Aderlan se alinhava a Léo Ortiz e Luan Cândido na saída de três. Matheus Fernandes, Jadsom e Evangelista tinham boas conexões por dentro. O Flamengo, mesmo protegendo bem a área, sofria para dar uma resposta mais firme de marcação no setor de meio-campo. Thiago Maia não fazia uma boa partida.

A ''pegada'' dos paulistas foi caindo naturalmente a medida que o jogo foi se desenvolvendo, e o Famengo começou a encontrar passes para Luiz Araújo ''sustentar'' de costas o combate de Juninho Capixaba pela direita. Mais tempo com a bola no ataque, pôde colocar Arrascaeta, Cebolinha e Pedro no páreo. Gérson também apareceu, e os laterais tiveram mais possibilidades de avançar.

Cebolinha chegou perto de marcar em três ocasiões, Léo Ortiz salvou um gol certo de Matheuzinho, mas o Massa Bruta não deixou de devolver com boas chegadas nos últimos minutos. Lucas Evangelista, Helinho e Sasha eram agudos. Aderlan perdeu a melhor chance dos paulistas até o intervalo.

Tite sacou o amarelado Matheuzinho e Luiz Araújo no intervalo. Wesley e Erick Pulgar entraram. Gérson foi para a ponta-direita. Caixinha pôs Hurtado e Mosquera logo no início da 2ª etapa. Aderlan e Vitinho saíram. O Flamengo conseguiu vencer mais duelos e ficar no campo do Bragantino nos primeiros minutos, mas os paulistas reequilibraram as ações com belas trocas de passe.

Foram descobrindo espaços e se mexendo com coordenação para superar a tentativa de ''marcação alta'' buscada pelos anfitriões. Criaram três boas chances. Em uma delas, Sasha acertou o travessão. A resposta de Tite foi colocar Bruno Henrique no lugar de Thiago Maia. O camisa 27 entrou na ponta-direita e Gérson voltou ao centro do campo.

Por mais que corresse riscos, o Flamengo não fazia um jogo ruim. Com a bola, tinha clareza do que fazer, e elevou ainda mais o nível do lado direito do ataque com Bruno Henrique se aproximando de Arrascaeta e Pulgar. A conexão do trio gerou uma linda jogada finalizada com precisão pelo uruguaio perto do final do jogo.