OFF - Carlos Kaiser – O Forrest Gump do futebol brasileiro

20/8/2014 12:21

OFF - Carlos Kaiser – O Forrest Gump do futebol brasileiro

OFF - Carlos Kaiser – O Forrest Gump do futebol brasileiro
Carlos Henrique Raposo, mais conhecido como Carlos Kaiser, nunca teve a bola como uma das melhoras companhia, todavia isso não o incapacitou de fazer parte de elencos de grandes clubes brasileiros. Conheça a curiosa história deste personagem do futebol brasileiro:

Nascido em 1963 na cidade do Rio de Janeiro, Kaiser (apelido que ganhou ainda na infância devido a semelhança física com Franz Beckenbauer) começou sua carreira como centroavante nas divisões de base do Botafogo com apenas 10 anos. Depois de um relativo destaque, veio a oportunidade através de um amigo de jogar na equipe juvenil do Flamengo.

O jovem centroavante parecia ter jeito para a função e ainda no juvenil foi contratado pelo Puebla (MÉX) surgindo até como uma nova promessa do futebol brasileiro.

A equipe mexicana o profissionalizou, mal sabendo que ali começaria a carreira de um jogador que viveria do futebol pulando de clube em clube sem praticamente jogar partidas oficiais.

A chegada do “rei” ao Bangu:


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Depois de ficar algum tempo no México e de uma passagem meteórica pelo El Paso (EUA), Kaiser voltou ao Brasil para acertar com o Bangu.

Pela falta de informação do futebol internacional na época, ele logo voltou com fama de artilheiro e criou a expectativa na torcida do clube carioca de que seria a solução para a falta de gols da equipe. Ele realmente tinha pinta de jogador, mas na época não tinha mais interesse em jogar futebol.

Então para evitar que fosse desmascarado, Kaiser começou a enrolar, usando táticas para passar o tempo como lesões e até cavando expulsões antes de entrar em campo. Ficou quase um ano no Bangu onde , para variar, quase nem jogou.

A passagem na França

O futebol Brasileiro não foi o único lugar onde Kaiser fingiu ser jogador. O Forrest Gump brasileiro chegou a França para assinar com o Ajaccio, que na época estava na terceira divisão do Campeonato Francês. Teve uma apresentação digna de um astro.

Entretanto, sua primeira aventura na França não durou muito tempo e logo ele estaria de volta para tentar uma vaguinha no Fluminense.

Fluminense e Vasco


Matéria destacando a volta de Kaiser ao Brasil


Kaiser chegou a ficar treinando alguns dias no tricolor, mas logo foi descoberto pelos dirigentes. Acertou com o Vasco, mas segundo o próprio jogador foi levado ao clube por amigos para ajudar um jogador cruzmaltino que tinha problemas com álcool. Sua função, dada pelos outros jogadores, era cuidar do colega, o mantendo longe do vício e garantindo sua presença nos treinamentos e nos jogos.

– Fui levado para o Vasco por um jogador no auge de sua carreira, fiquei pouco tempo. Eu cuidava mais da carreira dele do que da minha. Cuidava dele, acordava ele para treinar… (Em entrevista ao Globo Esporte em 2011)

Depois de alguns meses, Eurico Miranda (então vice de futebol do clube) mandou o jogador embora, pois já não aguentava mais ver Kaiser só correr em volta do campo e nunca estar pronto para uma partida.

Passagem pelo Botafogo e o celular de brinquedo

Completando a façanha de vestir as camisas dos quatro grandes do Rio, Kaiser chegou ao Botafogo. Todavia sempre que o elenco estava se arrumando para jogar, ele supostamente recebia ligações no seu celular de empresários interessados na sua contratação.

A cena se repetiu até quando uns dos membros da comissão técnica com a ajuda de outros jogadores arrancaram o celular dele e perceberam que aquele aparelho era de mentira. Era uma de suas artimanhas para não entrar em campo.

O final de carreira

Foram ao todo cerca de 20 anos de carreira e em todo este tempo Kaiser nem chegou a fazer 20 jogos inteiros. A facilidade que ele encontrava para chegar aos grandes clubes deve-se a sua amizade com alguns jogadores que quando contratados indicavam Kaiser como contrapeso.

Encerrou sua carreira aos 39 anos, jogando novamente pelo Ajaccio, no qual ficou por alguns anos. O atacante garante que desta vez ele jogou de verdade, porém, não mais do que 20 minutos por partida.

“Hoje em dia tem muito Carlos Kaiser por aí, famosos, só que eu deixava claro que eu não queria jogar futebol.” (Em entrevista ao prgrama Provocações – TV Cultura em 2012)


Hoje Kaiser está com 51 anos e trabalha como personal trainer.

Curiosidade:

O jogador afirma que esteve no elenco do Independente Campeão Mundial de 1984, todavia o clube argentino desmente esta contestação.

2787 visitas - Fonte: LanceNet!


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