OFF- Assis sem censura: irmão defende R49 e acha difícil retorno ao Brasil

16/9/2014 08:00

OFF- Assis sem censura: irmão defende R49 e acha difícil retorno ao Brasil

Em longa entrevista no México, agente diz que não decide destino do craque, revela interesse pelos EUA e admite buscar outros rumos após aposentadoria do irmão

OFF- Assis sem censura: irmão defende R49 e acha difícil retorno ao Brasil
Assis e Ronaldinho no estádio do Querétaro: ex-jogador está sempre ao lado do irmão (Foto: Agência AFP)

Sexta-feira, dia 12 de setembro. Enquanto Ronaldinho Gaúcho driblava um sem-número de repórteres para chegar ao hotel em que se hospedaria em Querétaro, seu irmão mais velho retirava tranquilamente as malas do carro, sorrindo para a batalha por uma palavra da principal atração da cidade naquele dia. Quando a reportagem do GloboEsporte.com abordou Assis, perguntando sobre a indefinição da estreia do craque, já que no início da semana o presidente Arturo Villanueva havia contrariado o prognóstico do empresário ao confirmar a estreia do meia para aquela data, o agente, brincando, disse uma verdade:

- O presidente sou eu.

De fato, é Assis quem resolve todos os detalhes do dia a dia do irmão mais novo. É com ele que agentes imobiliários tratam sobre possíveis casas em Querétaro, ele que é consultado por dirigentes do clube, a ele que seguranças e motoristas perguntam sobre a programação do dia. Mas, se há algo que o empresário garante que não decide é o futuro de Ronaldinho - e dá como exemplo a ida dele para o Flamengo.

São quase 10 anos de diferença entre Assis e Ronaldinho. Parece mais. Durante o bate-papo, o tema recorrente do empresário, mesmo quando questionado sobre outras coisas, era o irmão, defendido com unhas e dentes. Apesar do cuidado evidente com a carreira de R49, há características paternais, a velha história de, apesar de querer o melhor, preferir deixar o protegido trilhar o próprio caminho.

- Em nenhum momento da nossa vida eu decidi por ele. Ele tem que estar satisfeito e feliz com o que está sendo proposto. Ele está numa idade em que (um clube) tem que convencê-lo de que o objetivo é interessante. Dou, sim, minha opinião. Falo o que penso, tento indicar para o melhor, mas as pessoas são assim, seja filho ou irmão - ponderou.

Desde que encerrou a carreira como jogador, Assis mergulhou de cabeça no projeto de cuidar dos passos de Ronaldinho. Ele define a escolha como uma estratégia de vida. E tem seus percalços: acusações de que é um negociador complicado, críticas sobre o estilo de vida do irmão, notícias que considera falsas.

Assis recebe o GloboEsporte.com no hotel em Querétaro, no México (Foto: Felipe Schimit)

Nesta entrevista, Assis fala de sua relação com Ronaldinho, conta os bastidores do acordo com o Querétaro, critica a imprensa, explica as últimas negociações com times brasileiros, vê difícil um retorno para o futebol nacional, revela interesse pela MLS (a principal liga dos Estados Unidos) e admite: com a proximidade do fim da carreira de seu irmão, o término de seu grande projeto, pode buscar outras coisas no futebol. Confira na íntegra:

GloboEsporte.com: Por que Ronaldinho foi para o Querétaro?

Assis: A proposta do clube, o projeto deles, é de fazer um grande clube, reestruturá-lo. Acho que a maneira como o Arturo (Villanueva, presidente administrativo dos Gallos Blancos) conversou com a gente e expôs o seu desejo fez toda a diferença. Ele tem uma visão de futebol moderno, o objetivo de fazer um time competitivo. Isso motivou bastante o Ronaldo, que mostrou um desejo muito grande. Ele já sabe o que representa no mundo, o que fez. Acho que o que o motiva são estes desafios. Mais do que qualquer outra coisa, montar um time competitivo, fazer história, fazer a diferença.

Como foi a negociação? Adolfo Ríos, o outro presidente do Querétaro, disse que foi algo rápido, que vocês procuraram o clube...

Foi muito rápido. Na verdade, o Arturo foi ao Brasil e mostrou o projeto para mim. Logo depois, a gente tomou o avião, fomos para o Rio de Janeiro e encontramos o Ronaldo. Conversamos, trocamos ideias, falamos sobre futebol. Passamos um dia todo conversando sobre muitas coisas, aspectos da vida, tudo que diz respeito... Logo na semana seguinte a gente acertou.

Numa entrevista anterior, você disse que tinha propostas até da lua. De quais centros vieram estas ofertas?

Foram muitas propostas. De vários lugares... Da Itália, da Espanha, da Rússia, do Japão. Ele teve proposta de clubes brasileiros, não foi de um só, não, foi de grandes clubes do Brasil. Infelizmente, o Ronaldo não é um atleta de negociação simples. Ele está numa idade em que (um clube) tem que convencê-lo de que o objetivo é interessante, que ele se sinta à vontade, se sinta feliz. Em nenhum momento da nossa vida eu decidi por ele. Ele tem que estar satisfeito e tem que estar feliz como o que está sendo proposto.

Assis, quando ainda era jogador, com Ronaldinho criança (Foto: Site oficial do Ronaldinho Gaúcho)

Você tem a fama de que é um negociador duro, complicado. O que acha disso?

Acho que é uma grande besteira. Não sou nem um pouco complicado. Sou muito fácil de lidar, sou muito objetivo. Ficam aí falando: "Ah, fez leilão". Eu não fiz leilão, até porque o atleta que eu represento é desejo de grandes clubes, é desejo de vocês da imprensa, tem espaço na mídia. É um atleta carismático que o Brasil inteiro gosta, o mundo gosta. Tudo aquilo que o Ronaldo faz gera notícias e mais notícias.

Quando não dá certo, falar que a culpa é sempre do representante é muito fácil. Tem clube com o qual a gente nem falou e que dá entrevista. Em todos os lugares você vê notícias de clube que manda proposta, clube da Inglaterra... Vários comentários. E, na verdade, nunca falaram comigo. Chega até a ser engraçado.

Isso te chateia?

Não me chateia. Mostra a maneira leviana como muitas vezes vocês da imprensa dão notoriedade a assuntos que não fazem sentido. Eu também me questiono muitas vezes como vocês dão notícia para essas besteiras que saem na Internet...

Rumores?

Ronaldinho Gaúcho deve estrear nesta quarta-feira pelo Querétaro (Foto: EFE)

O rumor do rumor vira notícia, vira verdadeiro, e eu tenho que dar explicação de coisa que não existe? Aí me colocam o rótulo de que sou difícil, de que estou negociando com todo mundo. Eu estou quieto no meu canto. Não falo nada, e continuam falando por mim.

Você falou que teve propostas da Europa pelo Ronaldinho. A Europa não atrai mais?

Falei que teve propostas, mas talvez não tivesse sido o clube que ele desejava. Por que ir para a Europa? Qual o objetivo? Ele defendeu clubes como Paris Saint-Germain, Milan, Barcelona... Clubes de ponta brigando pela Europa, para conquistar ligas importantes. Tem que entender que tem que ser um objetivo muito bacana, que o motive muito, para ele se sentir pronto.

A chegada do Ronaldinho em Querétaro foi um acontecimento, com tantas pessoas no estádio. Às vezes dá a impressão de que ele é mais amado fora do Brasil. Você concorda?

Não vejo isso, de maneira nenhuma. Está muito longe de ser verdade. Existe um reconhecimento no Brasil, mas nós, brasileiros, somos assim: queremos a vitória, o título. Mas o povo brasileiro sabe reconhecer. Por onde a gente passa, ele recebe carinho, tem gente que gosta do que ele faz, respeita toda a trajetória dele. O que vejo muitas vezes é uma imprensa que faz uma cobrança do Ronaldo por aquilo que ele é, do que ele tem de qualidade. Se pegar o currículo do Ronaldo não sei se tem muita gente com o currículo dele. Falta, às vezes, respeito, porque eles não fazem a mesma comparação com outros atletas. A comparação com o Ronaldo é sempre diferente. Ele não pode fazer um bom jogo, tem que fazer o melhor jogo, ser o melhor, porque é o que ganha mais, é o famoso. Não é por aí. É a única coisa que coloco assim...

De diferente?

O povo brasileiro é maravilhoso, nos trata com tanto carinho. Olha a chegada dele no Flamengo o que foi. Olha o que foi o primeiro ano dele no Flamengo. Teve um momento maravilhoso. A coisa complicou quando perdeu a Libertadores, e os resultados não vieram. Assim somos nós, brasileiros. É o resultado. Quarta e domingo que escrever uma nova história. Não existe reconhecimento do que está para trás.

Vejo você tratando de tudo da carreira do Ronaldinho, vendo casa... É como se fosse um pai. Como é a relação de vocês?

Nossa relação é muito tranquila. É tudo de bom. A gente tem uma maneira de lidar com o que está à nossa volta com muita tranquilidade. Felizmente as pessoas gostam desta figura que é o Ronaldo. Poucos conhecem o outro lado dele, que é um cara super tranquilo, tímido. Mas ele aprendeu a conviver, gosta das pessoas, gosta do contato. Trata todo mundo bem. A galera coloca uns rótulos... Ele gosta dos amigos, de estar com gente.

Foi natural para você assumir a carreira do Ronaldinho?

Foi uma escolha. Quando deixei de jogar, eu sabia exatamente o que tinha de fazer para ajudar o meu irmão. Quando a gente começou a desenhar e a buscar parceiros para fazer todo esse trabalho extracampo, foi algo muito bem pensado. Tinha uma estratégia de vida. Ela funcionou e funciona até hoje.

Assis passou a tomar conta da carreira do irmão após parar de jogar (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)

Como são vocês no dia a dia? Têm briga de irmão?

É normal. A gente tem divergências de opinião, mas se respeita para caramba, o espaço e o momento de cada um. Nem sempre a gente está legal. Temos opiniões diferentes, somos diferentes...

Por exemplo?

Muita coisa. Desde o conceito de vida em si. O Ronaldo tem uma vida que não pertence a ele. Tem que estar pronto para tudo, a todo momento. Desde dar carinho para uma pessoa normal ou em dificuldade ou doente no hospital. É muito louco o que acontece, mas a gente tem que conviver com isso. Ele virou uma presença importante na vida de muitas pessoas. Por isso que chateia quando vêm estas notícias ruins, estas mentiras, coisas que não fazem sentido algum. Isso incomoda.

O que mais te incomoda?

A galera querer fazer trampolim com o nome dele. Esses blogueiros de m. vendendo fofoca, querendo saber da vida. Se ele não contou para ninguém é porque não quis. Chega a ser ridículo. Isso é ruim. Como a gente não tem costume de ficar entrando neste joguinho, não fala nada, fica parecendo que é verdade.

Você acha que isso contribuiu para criar a imagem de que ele é baladeiro?

Ronaldinho com Jô no carnaval de Salvador. (Foto: Eli Cruz/Divulgação)

O Ronaldo é brasileiro. Brasileiro gosta de música, de gente. Ele é uma pessoa normal. Vamos falar sério: atleta de futebol tem jogo duas vezes por semana. O Atlético concentrava até dois dias antes dos jogos. Que tempo vai ter esse cara? Aí falam que ele fez festa em casa. Não pode nem fazer festa em casa? É isso que vocês estão querendo dizer? Que ele tem que ficar amarrado e preso? Fala sério. Se ele não puder levar os amigos em casa, vai levar aonde? O cara está em casa. Gosta de música, de estar com os amigos. Tem a galera que vai lá, fica com ele, curte, pronto. Você ouve uma porção de besteira. Acho que neguinho queria ser convidado para ver como é na verdade (risos).

O presidente do Querétaro, Adolfo Ríos, disse que Ronaldinho está num momento mais estável, vai morar com a família...

A família sempre esteve presente, não é nenhuma novidade. Isso sempre foi uma das forças do Ronaldo. É o que fez a diferença na vida dele. Quando eu fui para a Suíça, fui sozinho. Era difícil, não existia Internet, o telefone celular estava começando. O Ronaldo foi com uma estrutura para a França. A família sempre esteve presente, a nossa história é esta. Não tem nada de diferente. E o que ele falou na entrevista coletiva foi exatamente isso: minha vida vai continuar a mesma, me contratou sabendo como eu sou, então não vamos inventar agora.

Ronaldinho tem dois anos de contrato com o Querétaro. Depois disso, você o vê voltando para o Brasil?

A gente não tem feito este tipo de planejamento. Eu, particularmente, acho muito difícil. A gente tinha previsto num determinado momento ir para os Estados Unidos. Ele gosta muito da liga americana, sempre teve o desejo de morar nos Estados Unidos. Era uma das opções que tínhamos. Não rolou. Teve vários clubes... Eu estive nos Estados Unidos, visitei alguns clubes, conversei com os clubes para entender o que era a MLS, estruturar a ideia do que se pode fazer, pensar como funciona o mercado. Tive contato com alguns presidentes de clubes, diretores, encontrei muita gente. Em momento algum a gente falou de Ronaldo. Eu, Roberto, queria entender como funciona. É uma liga diferente. Não aconteceu ainda, talvez aconteça no futuro, talvez não. Mas, entre as possibilidades que nós temos, vejo difícil o retorno ao Brasil.

E a história com o Grêmio, que eles ficaram chateados... Como você vê isso?

O negócio é o seguinte: dois episódios em que o que passaram para o torcedor é totalmente diferente do que aconteceu. Algumas pessoas que estão lá até hoje sabem exatamente como foi tudo aquilo. Não é o clube, são pessoas. Algumas pessoas não representam o sentimento de todos. A gente não pode deixar levar isso para o clube.

Torcida do Grêmio não perdoa Assis e Ronaldinho por saída do craque (Foto: Eduardo Cecconi / Globoesporte.com)

Como foi aquela negociação quando Ronaldinho foi para o Flamengo?

O Ronaldo tinha contrato com o Milan por mais seis meses. A negociação era difícil porque o Milan queria ser ressarcido, e o Ronaldo ainda tinha a receber seis meses. Quando se decidiu que ele não retornaria, a gente abriu negociação autorizada pelo Milan. O discurso sempre foi que tinha que se acertar com o Milan. O Ronaldo estava disposto a abrir mão de um pedaço do que tinha para receber em seis meses, porque não queria voltar para a Europa depois de 10 anos. O primeiro clube com o qual a gente falou foi, sim, o Flamengo. Nos encontramos numa churrascaria, a Patrícia disse: "Olha, se um dia pensarem em alguma coisa, pensem no Flamengo". De maneira muito amistosa. Logo depois, o Grêmio nos procurou através do Emerson (ex-volante). Ele foi na Itália conversar com a gente. Aí, depois, teve o Palmeiras, que foi o único clube a a conversar diretamente com o Milan. Existia a possibilidade, mas o Ronaldo não sentiu. Ele foi fisgado, o filho dele no Rio de Janeiro. Queria ir para o Rio, botou isso na cabeça. Não era meu desejo...

Por quê?

Assis com Ronaldinho e a ex-presidente do Flamengo, Patrícia Amorim (Foto: Alexandre Vidal)

Porque achava que era o momento de ter sido a volta para o Grêmio. Era o momento oportuno. Enfim, não deu certo, lamentavelmente. Era o meu desejo, minha primeira opção desde o início. O Felipão ainda estava no Palmeiras, me encontrei com ele, mas o Palmeiras tinha que fazer todo um plano de marketing para levar o Ronaldo. Começamos a conversar, chegamos próximos dos números, mas o contrato tinha muitos bônus por objetivo, alguns detalhes com os quais não sentimos à vontade naquele momento. Mas não faço leilão com ninguém. Me procuram porque o Ronaldo é bom. Se não fosse bom, não procuravam.

E as negociações este ano com Palmeiras e Santos?

Eu não falei com o Santos em momento algum. Não ouvi alguém chegar e perguntar para o Ronaldo se ele queria ir para São Paulo. É tudo na conta do Assis. Deu errado, põe na conta do Assis. O Palmeiras tava conversando com pessoas, eu estava fora do Brasil. Fui uma semana antes que o Atlético-MG para a China, prospectando negócios, buscando oportunidades para o Ronaldo e meus outros atletas. É o meu trabalho. Depois da China fui para os EUA, fiquei mais 15 dias lá. Nunca falaram diretamente comigo. Quando voltei para o Brasil, uma semana depois da Copa, começou a apertar o tempo. Tinha tempo para inscrição da Copa do Brasil, eu não estava de acordo com algumas coisas... Enfim, o momento do clube era ruim, vive uma pressão muito grande, ano de centenário. Mas não coloque na minha fatura, que o Assis surtou, deu estresse...

Por que ele não deu certo no Flamengo?

E por você acha que ele não deu certo?


Havia potencial para mais...

Acho que para dar certo é um conjunto de coisas, tem que dar certo todos os setores. Acho que o primeiro ano do Ronaldo foi maravilhoso no time do Flamengo. Brigou por título, classificou para a Libertadores, ganhou o Carioca invicto, ficaram muito tempo sem perder. Não classifico assim, não. Eu também acho que tinha potencial para mais. Acho que teve o episódio da Traffic... As pessoas não entendem. O Ronaldo foi talvez o melhor negócio da vida do Flamengo. Levamos um atleta que foi praticamente de graça para o clube, a Traffic sustentava tudo aquilo. Vocês tinham que perguntar por que não acertaram com a Traffic. Por que não deram respaldo? Por que não cumpriram o que estava pré-estabelecido? Você acha normal um atleta ficar todo o tempo que ficou sem receber? Você consegue trabalhar sem receber? É feliz sem receber? O Flamengo tinha tudo para ser fantástico. A partir do momento que não se cumpria com o atleta, houve o fato de perder aquele encanto, aquilo tudo que se imaginava. O Ronaldo tinha na cabeça dele que com o Flamengo poderia fazer coisas incríveis. Estava animado. Foi contra o meu desejo, era um desejo dele. Eu não queria, tinha outra opção e tenho certeza de que teria sido melhor, mas ele quis provar disso. Ele é livre, ele que vai para dentro de campo. Dou minha opinião, mas respeito a dele.

Dizem que você decide tudo para o Ronaldinho.

Lógico que ninguém consegue fazer isso. Dou, sim, minha opinião. Falo o que penso, tento indicar para o melhor, mas as pessoas são assim, seja filho ou irmão. Há vezes em que você quer errar por isso mesmo.

Com Ronaldinho, o Atlético-MG conquistou a Libertadores pela primeira vez na história (Foto: AP)

Atlético-MG: os primeiros anos foram bons, mas depois teve uma queda...

Não teve queda alguma. Foram dois anos e meio. No primeiro ano, eles ficaram em segundo lugar no Brasileiro, foram para uma Libertadores, ganharam. No ano da saída, futebol é um esporte coletivo. É grupo. O momento era outro, atletas tinham saído, outros estavam lesionados. Ganharam a Recopa. Toda a passagem do Ronaldo é muito exitosa. Não tem nada de queda. É ser campeão, ficam as conquistas. Ele saiu de lá ganhando a Recopa. Ah, porque teve isso, aquilo... Ninguém precisa estar de acordo com a opinião do treinador, tem que ter divergência mesmo, quando não está ok, fala, quando está com desconforto, fala. Isso é a vida.

O que você tem a dizer do Kalil (presidente do Atlético)?

Maravilhoso. Homem de palavra. Foi um cara que ganhou toda a minha estima pela maneira com a qual tratou o meu irmão, minha família, como nos recebeu... É um cara muito especial, marcou muito pela maneira com a qual conduz o Atlético, o amor e o zelo que tem pelo clube. É um exemplo para o Brasil todo a maneira como ele defende o clube dele. É uma coisa sensacional. Ele é atleticano de coração. Fala, erra, pede desculpa. É um cara que foi uma experiência fantástica para mim. Quando erra reconhece, faz tudo pensando no clube.

O Ronaldo está na reta final da carreira. Quando ele pendurar as chuteiras, você vai se manter como agente?

Não sei. Eu tenho outros atletas, outros projetos, até pensei em voltar, iniciei curso de treinador, algumas coisas. Sei lá. Vou pensar ainda. Mas é possível, sim, que eu mude o rumo da minha vida com o fim da carreira do Ronaldinho, pois abre perspectiva para muita coisa. Tenho algumas possibilidades para continuar vivendo do futebol, até mesmo continuar com os atletas. Talvez voltar a campo me motivaria bastante. Eu gosto do meu trabalho, amo o que faço, porque faço com carinho. Tenho meu irmão, que é família, é sangue. Ajudá-lo e estar presente é muito importante para mim. Eu gosto do que me proporciona, daquilo que rende, não só financeiramente, mas toda aquela sensação, o prazer, viver esse mundo do futebol, do esporte. É a minha vida.

2175 visitas - Fonte: Globo Esporte


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