Achei! Augusto Recife lembra tríplice coroa da Raposa e crê em novo feito

25/11/2014 15:58

Achei! Augusto Recife lembra tríplice coroa da Raposa e crê em novo feito

Além da Raposa, volante declara paixão pelo Santa Cruz, "sonho" vivido no Flamengo, admiração por Luxemburgo e fase no Inter. Desde janeiro, está no Papão

Achei! Augusto Recife lembra tríplice coroa da Raposa e crê em novo feito
No Flamengo, Augusto Recife foi companheiro, entre outros, de Renato Abreu (Foto: O Globo)

A carreira promissora seguiu adiante, e Augusto Recife teve papel importante em uma das fases mais vitoriosas do Cruzeiro. Chegou também ao Internacional. E realizou, segundo ele, o sonho de qualquer jogador de futebol: vestir a camisa do Flamengo, à época com apenas 22 anos. Depois disso, a trajetória do volante não encontrou mais o mesmo prestígio. Botafogo-SP, ABC, Santa Cruz, Ipatinga, São Caetano e Joinville foram alguns dos clubes pelos quais passou até chegar ao Paysandu, onde está desde o começo da temporada 2014.

O volante alcançou cedo uma das maiores glórias de sua carreira: a tríplice coroa, em 2003, pela Raposa, quando ainda tinha 20 anos. Agora, o Cruzeiro tem a chance de repetir o feito. Com o título do Campeonato Mineiro e o do Brasileirão em mãos, o mais difícil é superar o rival Atlético-MG na final da Copa do Brasil, que abriu boa vantagem no jogo de ida, no Independência, após o triunfo por 2 a 0. Missão que não é impossível para Augusto Recife, já que, para o jogador, o elenco cruzeirense é qualificado.

– Acredito, sim, que o Cruzeiro possa inverter essa vantagem do Atlético-MG e conquistar o título, pois, do mesmo jeito que o Atlético ganhou, eles podem ganhar. Mas o time vai ter que competir não só na qualidade individual, e sim na coletividade. Considero o atual time do Cruzeiro muito bom. Conta com excelentes jogadores, de qualidade acima da média, sobretudo do meio para frente. O Éverton Ribeiro e o Ricardo Goulart são diferenciados. Na verdade, o conjunto todo é muito bom.
No entanto, o atual jogador do Papão considera superior o Cruzeiro de 2003, no qual atuou com Alex, Zinho, Aristizábal, Deivid, Maldonado, Felipe Melo, Luisão e Mota, entre outros.

- O Alex foi um dos caras mais incríveis que eu vi em campo e com quem joguei no mesmo time.

Augusto Recife atualmente tem 31 anos. Casado há 10 anos, é pai de um casal, se tornou evangélico, caseiro e com as finanças equilibradas. Apesar de ter nascido no estado de Pernambuco, o jogador demonstra que aderiu aos costumes mineiros, sobretudo pela fala mansa e pelo jeito “quieto” de levar a vida. Pudera. Desde que deixou o modesto Juventus-SP, aos 16, o volante se mudou para Belo Horizonte, fixou residência por lá e garante que é reconhecido pelos torcedores cruzeirenses, que ainda pedem a sua volta.

– É verdade. Minha residência é em Belo Horizonte e, sempre que estou lá, os torcedores me reconhecem na rua, me param e chegam a pedir que eu encerre a carreira no Cruzeiro. Imagine como seria maravilhoso? Até a torcida do Atlético-MG brinca. Sou muito feliz no futebol. Joguei no Flamengo, que é sonho de qualquer jogador, vivi a melhor fase da minha vida no Cruzeiro, quando ganhamos tudo, passei pelo Inter e por outros clubes. Futebol é assim mesmo. Estou aqui (no Paysandu) e quero ficar – adiantou.

As passagens pelo Fla, pela Raposa e pelo Colorado foram as mais marcantes na vida do volante em todos os aspectos. Recife teve “professores” de alto nível no Cruzeiro, onde venceu as principais competições do país, encontrou dirigentes traiçoeiros ao ser negociado com outro clube sem ser comunicado, descobriu um Flamengo de altas cifras, porém, “bagunçado”, e viveu meses de frustração no Internacional, já que encontrou o time formado, teve poucas oportunidades e não conseguiu conquistar o espaço que esperava.

– No Cruzeiro tinha o Alex, um cara diferenciado demais, o Luisão, Edmundo, Sorín, Aristizábal e outros que me ensinaram muito. Não ganhava muito lá (dinheiro), mas as premiações eram boas. Aprendi, mas também aconteceram coisas que não entendi direito. Quando fui emprestado para o Inter, fiquei sabendo pela imprensa que eu havia sido trocado pelo Marabá. No Inter, não consegui render tanto, até pelo time que estava formado, mas serviu. Depois fui para o Flamengo, um clube bom para ganhar dinheiro, mas bagunçado naquela época. Tinha vezes que não tinha lugar para treinar – relembra.

Quando questionado sobre o melhor treinador com quem trabalhou, o jogador não titubeia e, com um sorriso largo, pronuncia o nome de Vanderlei Luxemburgo. Com o mesmo entusiasmo, Augusto Recife se declara ao Cruzeiro, apesar de revelar uma espécie de ressentimento. Foram aproximadamente 200 jogos com a camisa azul ao longo de quatro temporadas sem que nenhuma homenagem lhe fosse direcionada.

– Não é que eu tenha mágoas do Cruzeiro, mas pela história que eu tenho dentro do clube queria um pouco mais de reconhecimento. Não foram 200, mas foram 197 ou 196 jogos e anos de dedicação. Aprendi a amar e torcer. No Cruzeiro também foi o melhor momento da minha carreira. Joguei 70% das partidas como titular, o Luxemburgo já era nesse tempo considerado um dos melhores treinadores do Brasil, um cara que ganhou tudo, melhor treinador em tudo, em motivação. Tecnicamente, taticamente, ele é muito sabedor de tudo. Ele sabe mexer cada peça, conhece o elenco, sabe mudar a história da partida. Ganhamos muitos jogos pela maneira de ele ver as partidas e fazer alterações na hora certa.
É um cara sensacional. É um paizão – elogia.

Mas, depois de temporadas gloriosas, o volante acabou passando dois anos dolorosos. A perda da mãe em 2005 e a recusa do Cruzeiro de emprestá-lo ao Botafogo acabaram determinando sua ida para o Santa Cruz, sobretudo para ficar mais próximo dos familiares e permanecer na vitrine nacional, já que a equipe de Pernambuco também disputaria a Série A do Brasileiro em 2006. Como resultado, além do rebaixamento no currículo, Recife ainda teve que conviver com os salários atrasados.

A caminhada seguiu por Ipatinga, Botafogo-SP, São Caetano, ABC e Joinville, lugares que Augusto Recife relembra com carinho. Agora, no Papão, o jogador se mostra feliz, realizado em poder vestir a camisa do time que deu para ele uma das grandes decepções de sua vida: a perda da Copa dos Campeões. No Paysandu, ele também voltou a ganhar notoriedade ao ser um dos principais responsáveis pelo acesso do clube à Série B – marcou um dos gols (ver vídeo abaixo) – e pelo vice-campeonato da primeira edição da Copa Verde. Além disso, goza do prestigio da crônica esportiva, que o considera a melhor contratação do futebol paraense no ano.

– Foram anos ruins. Perdi minha mãe, o Santa foi rebaixado... Foi horrível. Além de ser rebaixado, eu não recebi lá. E olha que sou Santa desde pequeno. Depois vivi bons momentos no Ipatinga, no São Caetano, no Joinville, que digo que é um clube preparado para subir, com pessoas sérias no comando. Até que recebi o convite do Paysandu. Aceitei, pois era um namoro antigo. Alguns anos depois da Copa dos Campeões, recebi o convite, mas não deu certo. E por falar em Copa dos Campeões, aquela derrota foi inesquecível. O difícil era vencer em Belém, e conseguimos (com o Cruzeiro). Tínhamos um timaço, mas entramos de 'salto alto'. Ninguém acreditava nos vestiários. O que nos matou foi o oba-oba – relembra, sorrindo.

AMIZADE COM ALEX E POSSÍVEL JOGO DE DESPEDIDA DO MEIA

Prestes a encerrar a carreira, o meio-campista Alex reuniu os companheiros da época do Cruzeiro em um grupo, em uma rede social, com a finalidade de marcar uma partida festiva. Além de Augusto Recife e do atual jogador do Coritiba, também fazem parte o colombiano Aristizábal, os volantes Felipe Melo e Cláudio Maldonado, o goleiro Artur, o zagueiro Luisão, o atacante Alex Dias e outros atletas.

– O nosso grupo nessa época era muito amigo. Eu me lembro que a gente fazia, antes do treino, aquela festa no vestiário. Sempre tinha aquele bobinho. Você via que o treino era unido, a gente estava sempre perto um do outro. Tanto que o Alex criou um grupo. Vai encerrar a carreira no fim do ano e está tentando fazer um jogo de despedida com aquele grupo de 2003. Ele já passou tudo para o Cruzeiro e só está esperando a resposta deles. Nesse grupo, lembramos da época, que dá até saudade. Aquele grupo ficou na história. É difícil um time bater um recorde que batemos – acredita.

2085 visitas - Fonte: Globoesporte


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