Giancarlo pede a bola observado de perto pelo zagueiro Samir (Foto: Cahê Mota)

Foram 1,95m de altura praticamente desperdiçados neste último sábado. Com um atacante grandalhão na equipe - e Pedro Oldoni, que tem quase as mesmas medidas, desde a metade do segundo tempo -, o Macaé pouco aproveitou as bolas aéreas no empate em 1 a 1 com o Flamengo, pela estreia no Campeonato Carioca. E o próprio Gian admitiu que sentiu falta desse artifício por parte de sua equipe.

Uma das únicas bolas alçadas na área rubro-negra, coincidentemente ou não, acabou resultando no gol de cabeça de Pipico, no final do segundo tempo. Para Giancarlo, o Macaé precisa trabalhar mais esse tipo de jogada.

- Sim, a gente precisa arriscar mais essa jogada, explorar um pouco mais os cruzamentos. Mas isso a gente vai acertando. O time está muito bem, e, a partir do próximo jogo, vai trabalhar mais isso também. Os gols vão sair - acredita o jogador.

Gian foi uma das novidades na escalação de Josué Teixeira, que vinha utilizando Pedro Oldoni na posição durante a pré-temporada. A opção do treinador surpreendeu até o próprio atacante.

- Foi uma surpresa. O time vinha treinando com o Pedro Oldoni, e o professor resolveu me usar um dia antes do jogo. Mas estou sempre preparado, independente de ser eu ou não. O time vem de amistosos bons, tive a felicidade de começar o jogo, mas, infelizmente, não saímos com a vitória, que era o que desejávamos. Mas a equipe está de parabéns - disse Gian, que também criticou a ausência de objetividade do Macaé, principalmente na reta final do segundo tempo:

- O time deixou de ser agressivo nos 25 minutos finais. Faltou agressividade quando o Alecsandro estava no gol. Tínhamos que explorar mais o chute de fora da área, por exemplo - disse.

SOBRE INVASÃO: "LAMENTÁVEL"

Giancarlo foi uma das tantas testemunhas da invasão de integrantes de uma torcida organizada do Flamengo no vestiário do Macaé - Ricardo Berna foi agredido e ficou com o queixo sangrando. Segundo ele, esse tipo de violência é o que vem espantando as pessoas dos estádios.

- Eu estava (no vestiário), e foi lamentável. Acho que é por isso que tem cada vez menos público nos estádio, porque essas coisas acontecem. Por isso que as famílias não vão ao estádio prestigiar, é lamentável. As pessoas invadiram um espaço reservado. Mas não vai acontecer mais. Tivemos sorte de ser apenas um corte no Berna e nada mais grave - concluiu.