Presidente do Madureira não teme grandes e defende Ferj: 'Funcionário meu não criticaria o campeonato'

27/3/2015 07:44

Presidente do Madureira não teme grandes e defende Ferj: 'Funcionário meu não criticaria o campeonato'

Presidente do Madureira não teme grandes e defende Ferj: Funcionário meu não criticaria o campeonato
TIAGO LEME/ESPN

Presidente do Madureira há 25 anos, Elias Duba deixou o estádio de Conselheiro Galvão com o sentimento dividido após o empate de sua equipe com o rival Bonsucesso, por 1 a 1, nesta quarta-feira: satisfação e preocupação. O resultado deu ao Tricolor suburbano o título da Taça Rio, disputado apenas entre os pequenos este ano, mas deu chance para o Fluminense se aproximar do G-4 na luta pela classificação às semifinais do Campeonato Carioca.

Enquanto os jogadores, comissão técnica e torcedores comemoravam a conquista, Elias Duba conversou ainda no gramado com a reportagem do ESPN.com.br. Direto nas palavras, o dirigente disse que o Madureira almeja até o título estadual, garantiu não teme os clubes grandes e foi duro ao opinar sobre as polêmicas e brigas de Flamengo e Fluminense com a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).

Amigo de Rubens Lopes e do presidente vascaíno Eurico Miranda, Duba defendeu a federação e mandou o seu recado.

"Se fosse o meu campeonato, se eu tivesse o direito de fazer um campeonato, funcionário meu não ia criticar o campeonato, e muito menos quem eu adianto o dinheiro, com certeza eu te garanto que não ia. Mas eu acho que tem toda uma orquestra armada aí", disse o presidente do Madureira.

Confira na íntegra a entrevista com Elias Duba:

ESPN.com.br -
O Madureira foi campeão da Taça Rio, mas o empate com o Bonsucesso deu chance para o Fluminense se aproximar do G-4. Como você avalia o resultado?

Elias Duba - Dificultou, trouxe o título da Taça Rio, mas não é o que a gente queria, a gente queria sair daqui com vitória. Até porque, depois de quatro vitórias fora de casa, a gente queria voltar para casa e vencer, já tinhamos ganho dois jogos aqui. Esse jogo para nós é dificil, porque esse time historicamente sempre nos trouxe dificuldades. Mas não esse time, porque esse time é muito aquém das tradições do Bonsucesso, o Bonsucesso não merece ter um time como esse aí, esse é time para brigar contra o rebaixamento, mas é o espelho do presidente que eles têm. Agora, o Madureira precisa classificar, a Taça Rio é a primeira meta, a segunda é a classificação e a terceira é conquistar o título. A primeira foi alcançada, agora ficou mais difícil classificar, nos demos a brecha que o Fluminense queria, mas ainda só depende da gente.

Nas três últimas rodadas, o Madureira vai enfrentar adversários que estão brigando pela classificação: Macaé, Botafogo e Fluminense. Você vê isso como um ponto positivo ou negativo?

A tabela sempre foi ruim para o Madureira, se você ver a quantidade de vezes que fomos obrigados a jogar fora de casa. O Madureira vai jogar apenas quatro vezes em casa o campeonato inteiro, e os outros jogos são todos fora. Contra o Fluminense, que o Madureira vai ter o mando de campo, assim como foi contra o Flamengo, vai jogar lá em Volta Redonda. Mas o Madureira não teme adversário, a gente respeita o Botafogo, que é líder, como respeita o Fluminense também, mas o time do Fluminense não é melhor do que o do Madureira, nem o do Botafogo. Acho que é jogo igual tanto contra o Botafogo como o contra o Fluminense.

Existe alguma receita para fazer um time pequeno ter condições de brigar pela classificação de igual para igual contra os clubes grandes?

A receita é você enxergar um pouquinho esse negócio chamado futebol e trabalhar com os pés no chão, olhar para esses caras aqui nos olhos e não é prometer, você não tem que prometer nada a jogador de futebol. O que você promete você vai ter que cumprir, se não você está frito. Eu estou aqui há alguns anos nisso, pelo menos essa lição eu aprendi. Então, o time aqui é muito humilde, a gente sabe muito bem as nossas pretensões, aonde a gente pode chegar, e vamos chegando, aonde deixarem a gente vai chegar.

Qual a sua opinião sobre as polêmicas e brigas entre alguns clubes e a Ferj durante este Campeonato Carioca?

Eu não sei se é admnistração mais moderna, acho que tem muito de incapacidade nisso. Primeiro foi a briga com relação a ingresso, os caras achavam difícil para o campeonato baixar o preço do ingresso. Foi essa uma das causas que foi constatada que afugentava o público dos estádios. Depois, veio o negócio do Consórcio Maracanã. Mas se não fosse isso, teria um outro motivo, eles sempre procuram um motivo no início do Campeonato Estadual. Eu acho que isso é encomendado. Por quem? Se você me perguntar por quem, eu tenho lá minhas dúvidas se não é quem paga. Porque se fosse o meu campeonato, se eu tivesse o direito de fazer um campeonato, funcionário meu não ia criticar o campeonato, e muito menos quem eu adianto o dinheiro, com certeza eu te garanto que não ia. Mas eu acho que tem toda uma orquestra armada aí e acho que precisa apurar de onde vem o recado.

Como você encara a desconfiança de que o Madureira poderia ser ajudado pela arbitragem, já que você é aliado da federação?

Eu não me preocupo com a arbitragem, mas eu quero dizer o seguinte. Eu não sou só aliado da federação, eu brigo pela federação, fundada pelo meu clube. Eu sou amigo pessoal do presidente da federação, como sou do presidente do Vasco, a minha briga é pelo futebol do Rio de Janeiro. Agora, eu sou aliado da federação, vem aqui dois bandeiras que erraram semana passada, segundo dizem, eu tenho minhas dúvidas. Nós estamos na 12ª rodada, e o Madureira não teve nenhum pênalti a favor, só teve contra. No último jogo em Volta Redonda teve dois gols legais anulados, mas eu não discuto isso. Eu não gostei da arbitragem hoje, achei que o rapaz estava muito enrolado, apitou pouco jogo do campeonato, para apitar um jogo de importância, de um time que queria ganhar o jogo contra um time que não queria perder, veio aqui para não jogar. Mas eu não discuto a arbitragem, quem tem que discutir é o presidente da Comissão de arbitragem, seus diretores e o presidente da federação.

1384 visitas - Fonte: ESPN


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