Alecsandro durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo

O atacante Alecsandro finalmente foi liberado pelo Flamengo para comentar a fase artilheiro. O jogador se impôs mesmo já tendo sido avisado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo de que a preferência é por Marcelo Cirino jogando por dentro. Segundo o camisa nove, a seqüência de jogos e os nove gols na temporada o credenciam para seguir na equipe.

— Fico feliz de entrar jogando, no decorrer da partida. O jogador é titular ou reserva nos treinamentos. Venho treinando bem, passando por um bom momento, espero que isso me ajude. Não posso nem falar que eu sou reserva. Devo estar na média de jogos dos titulares. Tinha um treinador que falava que o reserva era mais importante, porque só entra para resolver. Frase inteligente, né. Me sinto assim — definiu o atacante.

Confira as respostas de Alecsandro sobre outros temas:

Parceria com Marcelo Cirino

— A gente precisa de um grupo de jogadores forte, o Vanderlei vem treinando as duas equipes, a reserva e a titular, para que quando tenha oportunidade de jogar, como contra o Bangu, entram e dão conta do recado.

Boa fase

— A boa fase é relacionada ao grupo, por causa da maneira que a equipe se comporta quando estamos nós dois em campo. Um outro jogador tem que se desgastar mais, e quando a equipe joga pra ela, entendendo o posicionamento, fica compacto e ofensivo. Ataque mais positivo do campeonato tem méritos individuais meus e do Cirino, mas precisa ser dividido com a equipe.

Liderança

— Nosso posicionamento dentro da competição nós nunca deixamos de demonstrar nos jogos, o objetivo é disputar uma final. Mesmo com as dificuldades, jogadores que não vinham atuando, a vitória aconteceu. O foco principal é o título e está encaminhado. Pela camisa do Flamengo, o objetivo é estar entre os primeiros. Tem que entrar para vencer e ser o cabeça. A busca é pelo título, chamando a responsabilidade para o bicampeonato. Mas não quer dizer que vai ser campeão se ficar na primeira colocação.

Titularidade

— O professor montou esse esquema no começo da temporada, em momento algum nos enganou, mas ele sempre disse pra equipe toda que todo mundo teria chance. Ela é dada pelo treinador mas pode permanecer por causa do aproveitamento do atleta. Já mostrou que não é um esquema fixo, já jogamos com dois atacantes, dois meias. É uma formação principal com três atacantes de velocidade, mas já mudou. Estou preparado e quero estar bem fisicamente e tecnicamente para quando tiver oportunidade, independente de esquema, ser utilizado e dar conta.

Suspensão de Luxemburgo

— A gente vive um momento do futebol difícil, reformulação na seleção, e no momento que o treinador precisa usar os juniores, que são nosso combustível, o futuro do futebol, chateia ele e o clube. No sentido de ser indiciado não se pode falar nada, porque é sempre punido, mas tenho certeza que tudo será resolvido. Além de ser um funcionário do clube é nosso comandante. Tem todo nosso apoio.

Comemorações

— Hoje o jogador não sabe o que pode fazer ou não na partida. O gol que mais saí em capa de jornal foi esse com o guarda-chuva na mão. Eu estou com dois amarelos, pendurado, posso ficar fora por causa de comemoração. Nesse lado eu acho que o futebol fica chato. O Pará vem substituir o maior ídolo da década, faz um gol, vai para os braços da torcida e toma amarelo, fica pendurado. Temos que entender o lado dele, estar do lado, ele quer ajudar, é prestativo, vai nos ajudar, estamos conseguindo passar essa etapa Leo Moura.

Reserva de luxo

— Sou funcionário do clube. Nem os grandes ídolos são assim. Estou aqui para trabalhar. Vanderlei tem anos de estrada, sabe o que faz, a melhor hora de usar o jogador. Sabe o jogador que pode dar para ele o resultado em uma partida. Eu sou suspeito para falar dele. É um cara que eu aprendo muito, não tinha na minha lista de técnicos, fico feliz de ajudar. Fico feliz de entrar jogando, no decorrer da partida. O jogador é titular ou reserva nos treinamentos. Venho treinando bem, passando bom momento, espero que me ajude. Não posso nem falar que eu sou reserva. Devo estar na média de jogos dos titulares. Tinha um treinador que falava que o reserva era mais importante, só entra par resolver. Frase inteligente, né. Me sinto assim.

Melhor temporada.

— Não tem como fazer comparação de um ano para o outro. Ano passado a temporada foi muito boa. Hoje me sinto muito bem. Isso aí é para juvenil, que tem que entrar porque tem outros jogadores concorrendo, me preparo muito bem. Independe se tem um grande jogador do meu lado, se é uma sombra, pouco me importa. Quero estar bem para quando for utilizado. Tomo um suplemento no horário certo.

Artilharia

— Quando eu cheguei na adolescência, reparava o tratamento que minha mãe dava para as pessoas que chegavam na minha casa. Quando cheguei no Flamengo fui recebido com muito amor. Levo isso de berço. Com a chegada de alguns jogadores como o Cirino, não tem outra coisa a fazer de dar o mesmo tratamento. Deixar o jogador á vontade, como se fosse a casa dele. Por isso se ve essa adaptação tão rápida, para ele se sentir em casa e demonstrar seu futebol. No vestiário falei para o Cirino que também tinha dado um passe, foi na brincadeira.