Já aos 17 treinava com o elenco profissional na Gávea, despertou o interesse da Juventus-ITA, mas com um contrato promissor, de três anos, permaneceu na Gávea e barganhou um aumento salarial de 900%.

Contudo os planos não saíram conforme o esperado. A oscilação no desempenho em campo fez com que sua marca fosse a irregularidade. Assim, não demorou para que as oportunidades fossem cada vez mais escassas.

Pela falta de oportunidade, acabou transferindo-se ao Estoril-POR, onde a palavra de ordem é recomeço. Lá, ele decreta o Flamengo como "página virada", mas não deixa de criticar o clube pela desvalorização com as promessas da base.

"O clube precisa dar mais valor para a base. Não adianta cobrar sem dar uma sequência ao jogador, ainda mais porque a transição da base para o profissional é muito difícil", ponderou o meio-campista, hoje com 20 anos, à Rádio ESPN.

"É preciso dar sequência de jogo para os garotos. Não adianta jogar uma vez e depois só depois de um mês atuar de novo. Você precisa de confiança, de alguém que fale: 'Você só precisa se preocupar em jogar, mais nada'. Caso contrário, é óbvio que o cara não vai jogar", completa Mattheus.

O jovem fala ainda sobre as ambições futuras. Dizendo-se feliz na nova casa, ele anseia pelo crescimento da equipe, que já disputou, inclusive, a Liga Europa.

"O Flamengo para mim é hoje uma página virada. Minha cabeça está toda no Estoril. Estou feliz e motivado por estar aqui, atuar na Europa sempre foi um sonho meu de infância e é muito bacana estar num clube em crescimento, que já disputou duas edições da Liga Europa", discursou.