A novela para encontrar um estádio para o clássico Flamengo x Fluminense, pela final da Taça Guanabara, ganhou mais um capítulo. Os clubes estão agindo para resolver a questão e pretendem tomar a última negociação como base para seguir. Os presidentes dos clubes querem um novo acordo com a Justiça para que a partida seja realizada no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, e com torcida mista.

Apesar de a liminar que proíbe torcidas divididas em clássicos ainda estar em vigor, os clubes pretendem conversar com o Ministério Público do Rio de Janeiro. Quem irá intermediar a discussão será o Juiz Guilherme Schiling, do Juizado Especial do Torcedor e de Grandes Eventos.

A possibilidade de torcida mista no Rio de Janeiro vem sendo considerada também porque a semifinal entre Flamengo e Vasco, em Volta Redonda, no último sábado (25 de fevereiro), com arquibancadas divididas, teve público baixo, com 3500 pagantes e bilheterias vazias.

Em entrevista ao jornal Extra, os presidentes de Flamengo e Fluminense, além do comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), major Sílvio Luiz, manifestaram seus posicionamentos. Eduardo Bandeira de Mello, mandatário rubro-negro, ressaltou que quer seguir a mesma linha da semifinal entre Flamengo e Vasco, em Volta Redonda.

Não teve nenhum incidente grave no jogo de sábado. Vamos aproveitar que o diálogo foi aberto para reverter a situação e provar que esta partida pode acontecer no Engenhão”, afirmou Bandeira.

O presidente do Tricolor das Laranjeiras, Pedro Abad, afirmou que já há um pedido de reunião com a Federação Carioca de Futebol, onde serão elaboradas alternativas para serem apresentadas à Justiça.

“Acredito que não dá para se ter um Fla-Flu com torcida única. Não sei se vamos reverter em definitivo a decisão da Justiça. Mas vamos tentar, pelo menos, um acordo nos moldes do que foi feito no Vasco e Flamengo para essa partida também”

O major Silvio Luiz afirmou não ver obstáculos para que a partida aconteça no Rio e a classificou como tranquila. “Os problemas foram mínimos. Até porque o público também foi mínimo. Para a semana que vem não vejo prejuízo em a partida ser realizada no Rio”, afirmou.