Rodrigo Moreno (esq) e Thiago Alcântara (dir) têm muito em comum, começando pelo Fla

Talentos brasileiros exportados para a Península Ibérica: esse filme não é novo. Se a Espanha está na Copa de 2018, muito se deve a Rodrigo Moreno e Thiago Alcântara, que brilharam nesta sexta-feira (6), contra a Albânia, e confirmaram a classificação para o Mundial da Rússia. Os dois têm muito em comum: são brasileiros naturalizados espanhóis, deixaram o Brasil na infância para acompanhar os pais, têm apenas 26 anos e começaram suas jovens carreiras no mesmo lugar, o Flamengo.

O atacante Rodrigo Moreno defende o Valencia desde 2014, mas aos 18 já estava nas equipes de baixo do Real Madrid, como o Castilla. Deixou o Rubro-Negro carioca ainda em 2002, quando tinha apenas 12 anos de idade, e é filho do ex-lateral Adalberto, campeão do mundo sub-20 em 1983 com a seleção brasileira, junto a craques como Bebeto, Jorginho e Dunga.

A base do Flamengo foi a casa de Thiago Alcântara em duas passagens diferentes: na segunda delas, iniciada em 2001 – e encerrada em 2005, com a transferência para o Barcelona –, o meia começou sua trajetória ao lado de Rodrigo Moreno. A irmã do atacante, por sinal, estudava na mesma turma de Rafinha, irmão de Thiago. Juntos, atuaram nas seleções de base da Espanha e defenderam gigantes do continente, como Real Madrid, Barcelona, Benfica e Valencia.

Como se sabe, Thiago Alcântara nasceu na Itália e, embora tenha a nacionalidade brasileira, sempre esteve destinado a defender clubes europeus e a seleção da Espanha, ao contrário de seu pai, Mazinho, e do irmão, Rafinha, que optou por defender o Brasil e conquistou o outro inédito nos Jogos do Rio 2016, além de já ter declarado ao UOL Esporte que sonha em jogar pelo Flamengo.