Galvão tem razão: público perde por transmissão da CBF esconder briga

12/4/2021 11:40

Galvão tem razão: público perde por transmissão da CBF esconder briga

Galvão tem razão: público perde por transmissão da CBF esconder briga
Supercopa do Brasil, entre Flamengo e Palmeiras, contou com público convidado pela CBF e por patrocinadores (Imagem: Buda Mendes/Getty Images)

Há uma tendência de as entidades donas das competições assumirem cada vez mais as transmissões esportivas de eventos. A Fifa produz imagens da Copa do Mundo, e a UEFA, da Champions League. Na América do Sul, a Conmebol assumiu as imagens da Libertadores. A CBF fez o mesmo com a Supercopa. Pois ficou claro um prejuízo da informação ao público neste formato no jogo Palmeiras x Flamengo.



No segundo tempo, houve uma confusão no vestiário entre membros da delegação dos dois times. O motivo foi um comentário de um assistente do Palmeiras que desagradou rubro-negros. Com o jogo parado, as câmeras das produtoras de filmagem contratadas pela CBF preferiram ignorar o fato. Não tentaram mostrá-lo e até evitaram imagens do local.


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Durante a transmissão, o narrador da Globo Galvão Bueno reclamou: "Lamento apenas essa briga que não vimos e ficamos com o ótimo relato de nossos repórteres. Não pode. Não sei quem provocou porque não vimos. O Brasil não viu e também não pode deixar de ver".

Bem, ele tem razão. Um confronto entre duas delegações que paralise um jogo é um fato jornalístico que interessa ao público. Ao negar acesso à informação, a produtora da CBF censura informação relevante para o torcedor. Pode se argumentar que ocorreu no vestiário, mas nem sequer as câmeras tentaram o registro. Viraram para o outro lado como se nada estivesse acontecendo.

Não é incomum: é praxe. Entidades evitam imagens que danifiquem a reputação das suas competições. Não será filmada uma briga ou um ato de racismo na arquibancada. Mas esses atos são fatos relevantes envolvendo a partida e o seu conhecimento ajuda o torcedor a entender o contexto e nuances do evento.

E essa não foi a única censura feita pela filmagem da CBF. Após o jogo, o goleiro palmeirense Weverton reclamou que havia um excesso de convidados na arquibancada em meio a uma pandemia de coronavírus. "Eles ficam xingando, não sei quem convidou tanta gente para estar aqui hoje. A gente está no meio de uma pandemia", disse ele.

As imagens da CBF mostram poucas vezes as arquibancadas do Mané Garrincha e não mostraram os áudios dos presentes no estádio. Pela transmissão, não dava para saber quantos convidados havia nem como foi o seu comportamento. Obviamente é um fato jornalístico se a confederação levou um excesso de convidados e a atitude deles foi inapropriada. Não ficamos sabendo.

Weverton tem toda razão em sua crítica visto que, no Distrito Federal, havia até discussão judicial se poderia haver jogo diante de uma crise sanitária. Só lembremos que o goleiro não fez a mesma crítica quando o Palmeiras ganhou a Libertadores no Maracanã em que havia 5 mil convidados.

Após essa digressão, voltando ao tema inicial, é legítimo que entidades queiram criar uma identidade visual para suas competições e aumentar os ganhos com patrocínios. É isso que justifica terem assumido o controle das imagens das competições.

A reação de Galvão é uma legítima reação pedindo imagens necessárias do ponto de vista jornalístico, mas não se pode esquecer que a Globo perde dinheiro quando não tem controle das imagens das transmissões.

É fato, no entanto, que esse novo poder das entidades sobre as imagens cria limitação ao direito do público de ser informado sobre o que ocorre em um evento sem censuras. Pode parecer fazer sentido do ponto de vista comercial, mas não pode trazer prejuízos a longo prazo.



O mundo cada vez mais pede por transparência das empresas. A percepção de transparência impacta como o público enxerga determinado evento. Lembremos que a UEFA não cortou a transmissão do jogo do PSG quando houve uma discussão de racismo praticado pelo auxiliar de arbitragem.

É um equívoco completo portanto tentar jogar fatos desagradáveis para debaixo do tapete ou escondê-los do público como fez a transmissão da CBF na Supercopa.

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350 visitas - Fonte: Uol


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