O Flamengo conseguiu uma melhor condição no acordo feito com o Complexo Maracanã Entretenimento S.A. Ficou estabelecido que, quanto maior a renda bruta com a venda dos ingressos, maior vai ser a participação do Flamengo na arrecadação líquida da partida. Os percentuais começam divididos em 50% para cada parte e a divisão pode chegar a 70% para o Rubro-Negro e 30% para o Complexo, caso o estádio alcance a capacidade máxima.

Nos novos termos, o Flamengo vai disputar no Maracanã um mínimo de dez jogos como mandante até o fim da temporada, tanto no Campeonato Brasileiro quanto na Copa do Brasil. A medida teve início na partida diante do Santos, na última quinta-feira. O jogo teve R$ 669.520,00 de renda bruta. O Flamengo ficou com R$ 184.870,87 (com a penhora de R$ 27.730,63, restou ao clube R$ 157.140,24) e o Complexo, com R$ 151.218,37.

Além disto, o Complexo Maracanã se comprometeu a revisar os custos operacionais do estádio. Isso foi tema inclusive da reunião entre a diretoria do Flamengo e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho. O mandatário pressionou a concessionária para que estudasse uma redução destes valores que foram questionados pelo Rubro-Negro em carta aberta mês passado.

Apesar do contrato fechado com o Complexo Maracanã Entretenimento S.A., há uma indefinição quanto à partida que resta para o Flamengo cumprir o acordo que fez com a administração do Estádio Mané Garrincha. O jogo diante do Vitória, na semana passada, encerraria o pacote de seis duelos que o clube faria em Brasília, mas ele acabou sendo transferido para o Maracanã por conta de um jogo da Seleção Brasileira no local.

Nesta temporada, o Flamengo já mandou quatro jogos no Maracanã (contra Botafogo, Cruzeiro, Vitória e Santos) e ainda não sofreu derrota: foram três vitórias e um empate, com aproveitamento de 83,3%. Em comparação com os dados das partidas do Rubro-Negro no Estádio Mané Garrincha, o aproveitamento é menos do que a metade: 40%. Em cinco jogos, o Flamengo venceu uma vez, perdeu outra e empatou em três oportunidades.

Ao LANCE!Net, Jozafá Dantas, presidente da Federação Brasiliense de Futebol, afirmou que o jogo diante do Vasco, marcado para 6 de outubro, contaria como o último do acordo. Já a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) informou apenas que não foi comunicada sobre mudanças na agenda.