Não consigo compreender o medo que o Flamengo tem apresentado nos seus jogos nos últimos anos. Teima em começar bem uma partida, abrir uma boa vantagem no placar e, ao invés de manter o estilo durante os 90 minutos, assusta-se, recua e dá espaços para o adversário. Acaba levando gols do rival e, muitas das vezes, sofre o empate ou até a virada.

No último domingo, diante do Criciúma, este medo foi visto mais uma vez. Os primeiros 23 minutos foram sensacionais do Flamengo, três gols marcados, dois sendo do Hernane, que mostrou novamente que mesmo sem grife é a melhor opção que o Rubro-Negro tem. Mas depois disso recuou. Desistiu de atacar. Nem com os mais de 30 mil pagantes pressionando. O Criciúma acertou duas bolas na trave, diminuiu de pênalti e a partida foi ao intervalo.

Na volta para o segundo tempo, o Criciúma continuou melhor e o Flamengo apenas assistiu. Apenas aos 32 minutos da etapa final que Elias achou o quarto gol do Rubro-Negro para garantir a vitória e fazer o adversário não ter mais ânimo de reação. Terminou o jogo nos 4 a 1 para o Flamengo, de forma merecida.

Este medo, para sorte dos torcedores do Flamengo, não foi fatal no último domingo. Mas o Rubro-Negro, do tamanho que é, não deve continuar desta forma. Essa característica não faz bem para o time que quer se salvar do rebaixamento. Vamos ver se este jogo servirá de aprendizado.

*** Visão do Flamengo publicada na edição desta segunda-feira do Diário LANCE! RJ ***