O tema praticamente monopolizou os debates entre os torcedores do Flamengo nas redes sociais na última semana. Já sem os convocados para data Fifa, Renato Gaúcho tem tido dificuldades para escalar a equipe por conta dos lesionados. O preparador Alexandre Sanz virou alvo até mesmo de # questionando sua responsabilidade. Mas será que o Rubro-Negro realmente tem mais lesões do que o normal em 2021?
Com a ajuda do Espião Estatístico, saímos do campo da subjetividade e focamos nos números para respostas que possam realmente balizar a avaliação. E a resposta indica um número de lesões similar aos dos principais concorrentes na temporada e um crescimento pequeno em comparação ao mesmo período em anos anteriores
Com as ausências de Bruno Henrique e Diego Alves diante do Fortaleza, o Flamengo chegou a 29 desfalques por problemas médicos (sem contar COVID) em 2021, mesmo número do Palmeiras, adversário na final da Libertadores, e apenas duas a mais que o Atlético-MG, rival pelo título do Brasileirão. No ranking absoluto, o Flamengo é o oitavo entre os 20 da Série A e na relação jogo/lesão o oitavo.
Chapecoense, São Paulo, América-MG, Grêmio e Inter compõem o Top 5 dos times com mais lesões no Brasil seja qual for o parâmetro.
Chama a atenção na contagem rubro-negra o fato de nove baixas acontecerem justamente na parte mais aguda da temporada, depois de setembro. Das 29 ausências em 2021, 21 foram por questões musculares, sendo 16 na coxa.
Um ponto importante para trazer ao debate é o comparativo com outras temporadas. O Flamengo de 2021 tem realmente mais lesões do que o super vencedor de 2019, por exemplo? A esta altura do ano, o número de partidas disputadas é exatamente o mesmo: 56, com seis lesões a mais.
Jogos até 11/10 de cada ano:
2018 - 57 jogos
2019 - 56 jogos
2020 - 39 jogos
2021 - 56 jogos
Lesões até 11/10/2018: 22
Lesões até 11/10/2019: 23
Lesões até 11/10/2020: 17
Lesões até 11/10/2021: 29
A contextualização da temporada, por sua vez, se faz necessário para acompanha a informação. Há dois anos, o Flamengo disputou este número de partidas em nove meses (de janeiro a outubro), com direito a larga paralisação durante a Copa América. Em 2021, o calendário está bem mais estrangulado.
Além dos 56 jogos terem sido disputados entre março e outubro, houve um aumento de datas Fifa e o período de férias foi mais curto do que o habitual. Ou seja, há uma sequência praticamente ininterrupta desde o segundo semestre de 2020.
Apesar a irritação do torcedor, os números indicam uma normalidade no comparativo com os adversários e uma diferença pequena em relação aos anos anteriores. Com mais 16 jogos pelo Brasileirão, a final da Libertadores e pelo menos mais duas partidas pela Copa do Brasil, o Flamengo pisa em ovos para se equilibrar entre usar o que tem de melhor na busca pelos três títulos ou preservar o elenco para reta final de 2021.
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