A decisão de não contar com o meia Carlos Eduardo para a próxima temporada, mesmo com o contrato de empréstimo se encerrando apenas em junho de 2014, foi tomada pelo Flamengo no último fim de semana em consenso entre o vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcellos, e o vice de marketing, Luiz Eduardo Baptista.

Os dois vice-presidentes rubro-negros chegaram à conclusão de que o custo-benefício de Carlos Eduardo não está sendo vantajoso para o Flamengo desde que ele chegou ao clube, no início do ano.

Esse episódio mostra mais uma vez o esvaziamento de Paulo Pelaipe nas decisões que envolvem o futebol do Flamengo. Procurado pelo LANCE!Net, o diretor executivo rubro-negro avisou que o caso do Carlos Eduardo é um assunto da diretoria do clube, a qual ele faz parte, e encerrou imediatamente a ligação. Já Wallim Vasconcellos e Luiz Eduardo Baptista não foram encontrados até o fechamento desta edição. O vice de futebol também não retornou as mensagens enviadas.

Desgaste no fim de setembro

O desgaste entre os dirigentes do Flamengo e o empresário de Carlos Eduardo se acirrou na semana do primeiro jogo contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, no dia 25 de setembro, quando Jorge Machado cobrou o clube pelos três meses de imagem atrasados e ameaçou levar o caso à Justiça. Houve um prazo estipulado pelo staff do jogador para que a pendência fosse quitada até o fim daquela semana. O Rubro-Negro conseguiu, na época, pagar um mês do débito, mas ainda segue devendo dois.

O LANCE!Net noticiou, no dia 24, que apenas três jogadores estavam com os direitos de imagem em dia e um deles era Carlos Eduardo. Jorge Machado negou a informação, assim como o Flamengo.

Pendências

A calmaria aparente nos bastidores do Flamengo sofreu abalos justamente na véspera da partida contra o Internacional, esta quinta-feira, às 21h, no Maracanã. E novamente tem Carlos Eduardo como pivô. Polêmica que remonta a situações não esclarecidas desde o início da contratação do jogador.

São dois meses de imagem devida a Carlos Eduardo, além da comissão acertada na época da contratação. Foram quase R$ 2 milhões de bonificação aos envolvidos. Valor que, inclusive, gera dúvidas em relação ao número de pessoas que receberam.

Machado tem um sócio russo que foi citado quando foram abertas as negociações com os clubes brasileiros no fim do ano passado. Outras duas pessoas, no entanto, também teriam recebido o montante. Há uma pendência, porém, e o empresário alega ter recebido apenas R$ 50 mil do total.

O Rubro-Negro ganhou a disputa com Fluminense e Santos pelo jogador, em parte, pela relação estreita de Machado com o diretor executivo Paulo Pelaipe. O dirigente chegou a viajar a Porto Alegre para acertar os detalhes finais do contrato de R$ 500 mil mensais.

Em meio às críticas, curiosamente, Jorge Machado poupou o executivo de futebol, apesar de há cerca de duas semanas eles terem discutido por telefone quando o empresário cobrou os três meses de imagem atrasados naquela época.

– Pelaipe é um cara íntegro – observou o empresário do meia.