O Flamengo definiu ontem a saída do técnico Renato Gaúcho, que deixa o clube depois de 4 meses e a perda de dois títulos importantes, a Libertadores e a Copa do Brasil, além de o clube ter apenas chances remotas de título brasileiro, que pode ser confirmado pelo Atlético-MG em caso de tropeço do Rubro-Negro no Maracanã diante do Ceará.
No UOL News Esporte, Mauro Cezar Pereira afirma que a saída se dá em um momento conveniente para o treinador, que certamente seria alvo de vaias e xingamentos por parte do torcedor depois da derrota para o Palmeiras no último sábado, em Montevidéu. O jornalista diz que a contratação de Renato foi um erro crasso da diretoria.
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"Foi um momento conveniente para ele, agora o momento certo para a saída do Renato não existe, existiu o momento errados o momento de contratá-lo. Contratar o Renato Gaúcho foi um erro, um erro crasso, um erro óbvio de dirigentes que foram extremamente arrogantes e que acharam que seriam capazes de ganhar campeonatos sem técnico, apenas com a força de um elenco muito bom. Mas ninguém ganha no futebol sem técnico, é fundamental ter alguém ali que tenha estratégia, que tenha capacidade de dar um treinamento, que estude, que trabalhe", afirma.
O jornalista afirma que a diretoria caiu na armadilha de dar ouvidos a uma parte barulhenta da torcida que pedia a saída de Rogério Ceni, que tinha um time mais organizado do que o comandado posteriormente por Renato Gaúcho.
"O Flamengo perdeu três competições com o Renato, fracassou retumbantemente com um investimento muito alto, com um elenco que é o melhor do futebol brasileiro pela arrogância de seus dirigentes e com a participação de uma parte da torcida, que se comporta como milicianos em rede social e que atacou o técnico anterior, o Rogério Ceni, de forma implacável até que ele fosse demitido", diz Mauro.
"Os dirigentes se acovardaram e também se curvaram ao desejo dessa pequena ala barulhenta de torcedores, que hoje estão arrependidos porque, com todos os defeitos do técnico, o Flamengo tinha estratégia, era treinado, jogava como um time de futebol. Passou a ser uma grande bagunça, o 'bagunçabol', sob o comando do Renato Gaúcho. Demiti-lo, no caso não foi nem uma demissão, chegaram a um acordo, foi conveniente para ele, que se livrou de uma grande vaia. Acredito que ele seja vaiado, mesmo sem estar presente, pela torcida", conclui.
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