14/11/2013 12:14
Presidente do Flamengo apresenta números incorretos ao justificar aumento dos ingressos
Eduardo Bandeira de Mello afirmou que decisão terá 15 mil gratuidades e 5% de torcedores pagando inteira; na semifinal, números foram de 6 mil e 20%
A polêmica dos ingressos para a final da Copa do Brasil não para de ganhar novos capítulos numa história que deve se prolongar para além do dia 27 de novembro, quando Flamengo e Atlético-PR fazem o jogo de volta da decisão, no Maracanã. Movimentada, a última quarta-feira teve a recusa do Rubro-negro em depor na Delegacia do Consumidor (Decon) sobre o aumento de 150% no valor dos bilhetes, uma operação do Procon na Gávea, onde um diretor do clube foi detido para esclarecimentos e chope com o prazo de validade estourado foi apreendido e uma série de entrevistas de dirigentes do time carioca tentando contornar a situação.
Numa delas, o próprio presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, veio a público comentar os fatos ocorridos nos últimos dias. Em falas reproduzidas pela rádio Bradesco Esportes, o mandatário rubro-negro fez duras críticas à postura da defensoria do consumidor, chegando a comparar a situação com o período da ditadura civil-militar no Brasil, garantiu a manutenção dos preços dos ingressos, que começaram a ser comercializados no mesmo dia e com larga procura, e apresentou alguns dados para corroborar o discurso dos gestores do Mais Querido.
Assertivo em seus comentários, Bandeira de Mello acabou deslizando ao tocar na questão dos números da partida. Segundo o presidente, no cargo desde janeiro, a grande final da Copa do Brasil terá tíquetes entre R$ 250 e R$ 800 por conta da necessidade de fazer caixa do Flamengo, mas devido em larga medida também pelas cerca de 15 mil gratuidades a serem concedidas. Justificando seu ponto, o cartola também pontuou que a alta taxa de torcedores que pagam meia-entrada faria apenas 5% dos presentes serem obrigados a desembolsar o valor cheio dos ingressos.
Tendo por base o mais recente duelo do Flamengo no Maracanã pela Copa do Brasil, porém, o cenário é um pouco diferete do que foi apresentado pelo homem forte da Gávea. De acordo com o borderô da partida, disponibilizado no site da CBF, o número de gratuidades foi de 6803 bilhetes, ou 12% do total. Naquela oportunidade, cerca de outros 6 mil assentos ficaram vazios como forma de separar goianos e cariocas, mas nem mesmo que todos eles fossem distribuídos, a final alcançaria os valores estipulados por Bandeira de Mello.
Quanto à porcentagem de inteiras comercializadas, mais números fora da realidade. No mesmo duelo, vencido pelo Flamengo por 2 a 1, a taxa de torcedores que pagaram o preço cheio pelos bilhetes foi de 20,7% (11665 de 56224), quatro vezes maior do que a estimativa do presidente. Caso a conta seja realizada excluindo os ingressos comprados pelo programa de sócio-torcedor, que pressupõe o direito à meia-entrada, a porcentagem de inteiras adquiridas sobe para 33,3% - 11665 de um total de 34935 bilhetes.
Com cerca de 10 mil ingressos já vendidos para o jogo e sob a ameaça de suspensão das vendas por parte do Procon, Flamengo e Atlético-PR começam a decidir a Copa do Brasil na próxma quarta-feira, 20 de novembro, na Vila Capanema, em Curitiba. Para esta partida, os bilhetes da torcida do Furacão já estão esgotados. O duelo no Maracanã ocorre no dia 27.
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