O ge teve acesso à gravação de uma parte da reunião que aconteceu na Gávea. Quando o evento caminhava para o fim, nos assuntos finais, Landim foi questionado por um conselheiro que é contra implementação da SAF no clube. O presidente pegou o microfone e iniciou a argumentação.

Na reunião foi apresentada, pela Comissão de Finanças, a execução orçamentária do clube até o terceiro trimestre de 2023. Landim aproveitou o gancho e colocou em pauta a gestão do Maracanã. Segundo o dirigente, assumir o estádio ao lado do Fluminense só foi possível porque ele convenceu o então governador do Rio, Wilson Witzel, a tirar a Odebrecht, antiga administradora. O contrato foi rompido em março de 2019.

Em abril de 2019, o Flamengo assinou o contrato para assumir a gestão do Maracanã , em parceria com o Fluminense. O Termo de Concessão foi renovado algumas vezes e a dupla Fla-Flu cuidará do estádio pelo menos até o fim de 2024.

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O presidente aproveitou para valorizar o plano de sócio-torcedor rubro-negro e fazer um comparativo dos gastos do Maracanã para justificar a intenção de construir o estádio próprio. Se conseguir seu objetivo, Landim afirma que o Flamengo terá uma margem de receita muito maior em dias de jogo.

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- Existe uma discussão que a gente sempre teve aqui no Flamengo que é o sonho de ter o estádio. Isso traz uma série, na minha maneira de ver, de vantagens. Hoje a gente tem o Maracanã e, se a gente consegue ter um plano de ST bom, é porque a gente conseguiu a gestão do Maracanã. Se a gente não tivesse conseguido, logo quando assumimos em 2019, convencer o governador de tirar a gestão do Maracanã da Odebrecht e nos entregar essa gestão, os números que vocês viram agora certamente seriam muito piores do que estes. Porque não poderíamos nem criar o plano de ST, porque não teríamos nenhum produto para oferecer para eles, que era a garantia de que eles iriam jogar dentro de um estádio. Estádio administrado por nós agora - disse, antes de continuar:

- Segundo ponto. Quando a gente fala do Maracanã, e todo mundo gosta do Maracanã, eu também gosto. Eu fui criado dentro do Maracanã, tenho oito cadeiras cativas. Eu investi para poder ficar lá no Maracanã e vou voltar para as cadeiras quando deixar a presidência. Eu gosto muito do Maracanã. Mas a gente começa já com uma receita de menos três mil/cinco mil lugares, que são as cadeiras cativas. É uma receita operacional que já perdemos. Fora isso, você tem uma série de obrigações que a gente tem no contrato com o Estado, que é pagar a mensalidade para ele - e completou para encerrar:

- Existe uma série de outras receitas que a gente perde porque a gente é obrigado a ceder. Tem ingressos que temos que ceder para o Estado, está no contrato. Tudo isso são ineficiências que a gente vai ter na receita e na despesa também. O Maracanã tem uma área enorme, muito difícil de operar, é caro a operação dele. Uma Arena como a gente pretende fazer, da forma projetada, se a gente conseguir, nos levaria a ter custos operacionais por cada pessoa que vá ao estádio muito menor. Isso nos daria uma margem de receita muito maior também - finalizou.

Na mesma reunião, logo depois de falar sobre Maracanã e construção de estádio próprio, Landim defendeu a SAF como uma saída para financiar o estádio do clube. O presidente utilizou a trajetória pessoal para justificar por que defende a implementação do modelo no clube.

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