A briga no tapetão não atravanca apenas a definição do Campeonato Brasileiro. O imbróglio, que pode até mandar o Flamengo para a Segunda Divisão, atrasou o planejamento do Rubro-Negro para 2014. Nos últimos dias, pouco se falou de reforços, ajustes administrativos, renovação de contrato, entre outros assuntos, que deveriam ser prioridade. O planejamento para, mas o tempo corre na mesma velocidade. E a hora de definir o grupo da próxima temporada se aproxima.

O julgamento acontece nesta segunda. Se punido, o Flamengo recorrerá até esgotar todas as instâncias, e terá que se dividir entre a batalha jurídica e a organização para o próximo ano. Nesta semana, o clube espera resolver a renovação de Leonardo Moura, que assinará contrato por mais uma temporada apenas, embora o capitão planeje jogar mais quatro.

Há ainda a expectativa quanto à definição do caso Elias. A proposta final do Rubro-Negro foi enviada, e uma negativa do Sporting encerrará a passagem do camisa 8 pela Gávea. O jogador já disse diversas vezes que pretende ficar no Flamengo, mas não fecha portas para outros clubes. O Corinthians acompanha a negociação de longe e, se não houver acerto entre portugueses e cariocas, fará uma investida.

Quanto a reforços, a diretoria se esquiva das especulações e evita falar em nomes. Os dirigentes buscam jogadores com histórico de bom comportamento fora de campo. O vice de finanças, Rodrigo Tostes, já avisou que não fará loucuras pela Libertadores. A ideia é usar a criatividade para reforçar o elenco.

Garimpo na Série B e América do Sul

O Flamengo garimpa o mercado sul-americano, o interior do Brasil e a Série B em busca de reforços dentro da política do bom, bonito e barato. O volante Rodrigo Souza, que defendeu o Boa Esporte, na Segunda Divisão, pode pintar em breve.

Além disso, o clube aposta em mercados menos inflacionados para tentar contratar jogadores que não tenham esse caráter de aposta. Um meia está nos planos, embora, no discurso, ainda se dê um voto de confiança a Carlos Eduardo.

Outras prioridades são trazer um atacante e um lateral-direito, para que Leonardo Moura, de 35 anos, não fique sobrecarregado.