Paizão e vencedor

2/1/2014 11:36

Paizão e vencedor

Chupeta conta sua trajetória no Flamengo; última conquista foi na última segunda-feira, o bicampeonato inédito da LDB

Paizão e vencedor
Um técnico vencedor, não importa a categoria. Paulo Chupeta, que tem passagens pelo Adulto e pelas categorias de base do Flamengo, conquistou um feito inédito na última segunda-feira: o bicampeonato da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB). A trilha vitoriosa de Chupeta no Rubro-Negro começou em 1997, no Mirim. De lá para cá, colecionou títulos no Infanto, Juvenil e Adulto. Entre as conquistas mais recentes, foi o campeão pioneiro das duas primeiras edições das principais ligas nacionais da temporada. Na primeira edição do NBB, em 2009, o Flamengo sagrou-se campeão com ele no comando. Dois anos depois, o Mais Querido foi o primeiro a vencer a LDB.

A história de Chupeta no Flamengo começou com um convite do então supervisor do esporte no clube, Luiz Carlos Peixoto, após um estadual em que ele treinava o Jequiá.

"Em 1997, eu era técnico do Jequiá , com quem Flamengo disputou o mesmo estadual. O Peixotinho, supervisor na época, me comunicou que tinha uma vaga no Flamengo. O clube me ofereceu metade do que eu recebia antes, para desespero da minha esposa, mas eu aceitei a proposta, sabendo que no Flamengo eu teria um futuro. Cheguei no clube através da equipe de Mirim, onde fui ganhando o primeiro, o segundo, o terceiro campeonato, e então fui para o Juvenil. Em 1998, o Zé Boquinha era técnico do Adulto do Fla e um dia, vendo meu treino, pediu para usar uma defesa que ele observou. Foi uma honra para mim. Em 2004 trabalhei com Emmanuel Bonfim no vice-campeonato brasileiro. Ele era o cara do basquete do Rio. Me chamou para trabalhar com ele na defesa, que sempre foi meu forte, o que eu mais estudei. Não vencemos a final, mas eliminamos o Ajax, que era fortíssimo", disse.

Ainda em 2004, Chupeta ganhou sua grande chance: treinar o time Adulto do Flamengo. Depois disso, muitos títulos estaduais, nacionais e um sul-americano mostraram que a escolha por ele valeu a pena.

"Em 2004, estávamos com pouca verba e isso enfraqueceu o time. A diretoria que chegou na época fez proposta para o Guerrinha ser o novo técnico. Antes de entrar na reunião, ele falou que queria que eu fosse seu assistente, caso fechasse um acordo com o Flamengo, mas ele acabou não acertando com a diretoria. Nesse dia, eu já estava no carro, saindo do clube, quando eles (diretoria) me ligaram e me convidaram para ser técnico do Adulto. Eu estava no infanto-juvenil. Eu aceitei e montamos uma equipe para o sul-americano, que foi muito bem. Esse time foi para o Estadual, eliminou o Vasco e foi para a final com o Telemar, que era um time fortíssimo. Depois de perdermos por 25 pontos de diferença no primeiro jogo, conversei com os atletas e conseguimos virar a série e sermos campeões. Isso foi em 2005, o primeiro de seis estaduais seguidos. Depois da chegada do Marcelinho, ganhamos dois brasileiros seguidos, em 2008 e 2009, e depois o sul-americano, também em 2009. Eu comecei em 1974 como treinador, no Riachuelo. Esperei chegar a minha hora por 30 anos", declarou.

Os garotos do sub-22 mostraram o carinho pelo treinador após a vitória sobre o Minas, que rendeu o bicampeonato da LDB ao Flamengo. Entre os gritos, abraços e o tradicional banho d’água, Chupeta e os garotos comemoravam a conquista.

"Eu misturo os estilos paizão e ditador, ao mesmo tempo. Pelo lado pai, cobro muito a postura deles. Mas quando eles fazem coisas boas, eu faço um carinho. É diferente dirigir o profissional e os garotos. A garotada tem que ser motivada, tem que saber que o técnico está junto a eles. No Adulto, você administra os egos, porque todos são experientes e querem jogar. Fui feliz de ter o Marcelinho como capitão do time nessa categoria, ele é um superprofissional, uma referência, tanto que já foi capitão da seleção brasileira", disse.

Pivô sub-22, que também faz parte do elenco de José Neto no NBB, Douglas Corrêa diz que o jeito de Chupeta conversar com os jogadores no treinamento passa confiança e união.

"Assim que eu cheguei no Flamengo ele (Chupeta) me acolheu bastante, me deixou bem à vontade, a comunicação, o diálogo comigo foi muito importante para me passar confiança. Eu pude desenvolver melhor o meu trabalho. Também procurei sempre aprender o que ele fala, ele sempre negocia com o jogador, a conversa que ele mantém com todos é o que faz o pessoal ficar atento, mais unido e produzindo mais e melhor", elogiou.

Chupeta vê no primeiro estadual conquistado à frente do time Adulto o momento mais marcante de sua carreira no Flamengo.

"Para a minha carreira, o título que mais marcou foi o estadual de 2005. Eu era do Infanto e fui convidado pra dirigir o Adulto, uma equipe que estava desacreditada, com muitos jogadores terminando a carreira. Mas todos eles tiveram passagem na seleção, tinham muita qualidade. Foi aí que comecei minha odisseia no Flamengo. O hexacampeonato carioca começou com esse título. Para a história do Flamengo, acho que os dois brasileiros e a Liga Sul-Americana, dentro da Argentina. Calamos os argentinos lá dentro. Nesses momentos, contei muito com o apoio do Marcelinho. Ele chegou junto e ajudou muito a equipe", declarou.

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