A vantagem é pequena, mas ela existe e faz justiça ao time que atuou melhor na primeira partida entre rubro-negros e colorados pelas oitavas da Libertadores. O Flamengo foi muito superior na 1ª etapa, voltou a levar perigo no fim do 2º tempo, mas novamente achou a contundência na bola parada aérea. Assim como já havia ocorrido contra Flu e Galo, o caminho da vitória foi encontrado desta forma. A produção dos cariocas poderia ter gerado mais gols antes do intervalo, mas o time pecou na definição dos bons ataques produzidos. O Internacional cresceu bastante na 2ª etapa e chegou a ter o domínio do jogo por cerca de 20 minutos. Não transformou isso, no entanto, em chances de gol, e quase levou o segundo na reta final da partida.

Escalações Filipe Luís não teve Arrascaeta. Confirmou a entrada de Luiz Araújo. Plata jogou mais centralizado, perto de Bruno Henrique. Pedro ficou no banco. Na lateral-direita, Emerson Royal foi a opção. Ja Roger Machado manteve Ricardo Mathias no comando do ataque, Tabata pela direita e Wesley pela esquerda. Alan Rodriguez foi o segundo homem de meio e Juninho formou a zaga com Vitão.

Como já era previsto, o Flamengo teve a iniciativa de buscar a bola e se instalar dentro do campo do Internacional. O Colorado não fez questão de sair jogando com passes curtos mediante às pressões rubro-negras, e nem realizou movimentos de subida de bloco defensivo. Acabou pressionado e não levou riscos aos donos da casa. Só foi entrar na área rival quando já perdia, aos 30 minutos. A bola parada aérea mais uma vez destravou um placar para o Mais Querido.

Com a ajuda de Alex Sandro, Bruno Henrique se livrou do bloqueio de Bernabei, e ficou livre para cabecear no canto esquerdo de Rochet o escanteio bem cobrado por Luiz Araújo. Consequentemente depois disso, o Flamengo achou espaços com mais facilidade, mas já era envolvente com o 0x0 no placar. Filipe Luís prendeu um dos volantes alinhado aos zagueiros. Allan fez esse papel mais vezes do que Jorginho, mas houve revezamento entre eles.

O outro tinha liberdade de avanço pelo centro. Isso possibilitou que Emerson Royal e Alex Sandro se soltassem no campo rival. O primeiro sempre bem aberto pela direita, e o segundo transitando entre Aguirre e Vitão, mas sem infiltrar tanto na área. Samuel Lino começou a levar vantagem sobre Aguirre. O time carioca girava rápido a bola com seus zagueiros e volantes, e o ponta recebia de frente para a área.

O Inter se fechava bem. Era compacto entre os setores, agressivo para pressionar a bola, e congestionava as imediações da área. Mas não desarmava em região propícia ao contragolpe. Cabe ressaltar também as excelentes pressões pós-perda feitas pelos anfitriões. Não deram possibilidades de transições rápidas aos gaúchos. Pela direita, Emerson Royal era bem marcado por Wesley, mas tinha agressividade nas tentativas de conexão com Luiz Araújo, Plata e Jorginho. Luiz Araújo quase marcou ao receber um bom passe do ligado Allan no bico direito da grande área. Rochet espalmou.

Nos últimos 15 minutos do 2º tempo, com algumas tentativas de avanço do Colorado, o Flamengo conseguiu aumentar a quantidade de jogadas finalizadas, mas faltou arrematar com mais precisão, ou tomar melhores decisões perto da meta. Isso aconteceu com Plata duas vezes. Bruno Henrique também bateu torto após belo giro em cima de Juninho. No lado visitante, não há o que destacar na parte ofensiva.

Nas duas vezes em que chegou na área em condições de finalizar, esbarrou na excelente proteção do setor pelo rubro-negro, principalmente com Léo Ortiz e Alex Sandro. Foram poucas as conexões fluentes e faltou regularidade para incomodar de fato os cariocas. Emerson Royal levou um pisão de Wesley na metade do 1º tempo e não voltou para a 2ª etapa. Varela entrou no intervalo. Mesmo com seu time dominado, Roger Machado não promoveu mexidas.

A estratégia, no entanto, foi diferente. O time se adiantou para marcar no campo de defesa do Flamengo. Naturalmente aumentou o seu tempo de posse de bola. O jogo mudou. O Rubro-Negro tinha a possibilidade do contragolpe, mas errava demais na puxada das transições e ainda encarava um adversário mais confiante, que também passou a fazer pressões pós-perda na frente. Plata e Samuel Lino pareciam desgastados para realizar esse trabalho. A imprecisão apareceu.

Thiago Maia, Alan Rodriguez, Bruno Tabata e Wesley tocaram mais vezes na bola, mas isso não foi necessariamente convertido em chances de gol. Alan Patrick foi pouco influente desta vez. O volume e a presença ofensiva aumentaram. A criatividade não. Não houve nenhuma jogada de real perigo para o time da casa neste período. Filipe Luís promoveu a estreia de Carrascal na segunda metade do 2º tempo. Everton Cebolinha também entrou. Samuel Lino e Plata saíram.

Já Roger, sacou Wesley para o acréscimo de Vitinho. Depois tirou Bruno Tabata e Ricardo Mathias. Pôs Richard e Borré. O Flamengo voltou a ganhar metros no gramado perto dos 30 minutos, reter a bola na intermediária contrária. Pedro e Evertton Araújo foram as últimas cartadas dos donos da casa. Bruno Henrique e Gustavo Prado as dos visitantes. Carrascal teve boas ações perto da área e participou da jogada que quase terminou em gol de Luiz Araújo aos 43', mas ele bateu em cima de Rochet. O Inter respondeu com uma finalização de Vitinho da entrada da área.

E outra de Bernabei nos acréscimos, mas Rossi e Luiz Araújo neutralizaram os arremates sem maiores problemas. O confronto está totalmente aberto.