No próximo dia 4 de setembro, uma quinta-feira, Bruno Henrique, atacante do Flamengo, vivenciará um momento decisivo em sua carreira. Às 9h, ele será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, após ser acusado de forçar um cartão amarelo em uma partida contra o Santos, ocorrida no Estádio Mané Garrincha durante o Brasileirão de 2023. A determinação da penalidade poderá resultar em um afastamento significativo do jogador, que comprometerá a equipe carioca.

A situação de Bruno Henrique se agravou após a denúncia da Polícia Federal, que o indiciou em abril deste ano por fraude esportiva, baseada no artigo 200 da Lei Geral do Esporte. O atleta enfrenta uma pena potencial de dois a seis anos de reclusão, refletindo a gravidade das acusações. A investigação não aborda apenas o jogador, mas também outras pessoas próximas a ele, incluindo seu irmão, cunhada, prima e amigos, que também estão envolvidos. É importante ressaltar que, até o momento, não houve acusações contra algumas dessas pessoas no âmbito do STJD.

Conforme as investigações começaram há mais de um ano, em agosto do ano anterior, a Polícia Federal indicou que conversas obtidas do celular de seu irmão, Wander, foram cruciais para o indiciamento. O atacante teria informado a Wander sobre sua intenção de receber um cartão amarelo durante o jogo em Brasília, o que despertou suspeitas nas casas de apostas devido ao volume de investimentos relacionados a essa aposta específica.

Em defesa de Bruno Henrique, seus representantes alegaram que o cartão recebido foi completamente legítimo, referindo-se ao lance em questão como uma falta inexistente. A defesa criticou a narrativa de que a jogada teria sido manipulada para influenciar o resultado da partida, destacando que o STJD já havia arquivado um caso semelhante anteriormente e que, portanto, o novo julgamento deveria ter um desfecho similar.

O futuro do jogador no Flamengo será determinado durante este julgamento. Se considerado culpado, Bruno Henrique pode enfrentar punições severas, que vão desde 360 até 720 dias de suspensão e multas que variam entre R$ 100 a R$ 100 mil, além de possíveis sanções referentes ao não cumprimento de normas estabelecidas pela CBF. Dentre os artigos em que ele foi denunciado estão o 243 e o 243-A, que tratam de ações prejudiciais à própria equipe e à ética desportiva.