A Libra, liga que representa os clubes de futebol brasileiros, emitiu uma nota oficial nesta sexta-feira (3) para criticar a postura do Flamengo em relação a um imbróglio judicial sobre a distribuição de receitas de televisão. Em sua comunicação, a Libra afirmou que os seis pontos apontados pelo Flamengo a respeito da ação judicial são, na verdade, falsos. Através da nota, a liga se posiciona contra o que considera uma tentativa de desinformação por parte do clube rubro-negro.
No contexto, R$ 77 milhões estão bloqueados, montante que deveria ser destinado a 16 clubes das Séries A e B. A nota da Libra diz que o Flamengo distorceu a situação buscando apoio midiático e que essa atitude representa uma tentativa de impor sua vontade sem considerar o coletivo.
A Libra esclareceu que a interrupção do diálogo foi provocada pelo Flamengo, que, ao buscar uma medida liminar sem urgência, prejudicou o fluxo de caixa dos demais clubes, descumprindo o espírito de associação que deveria prevalecer. Também foi enfatizado que a regra de distribuição de receitas está claramente estipulada no Estatuto da Libra, documento que foi aprovado por unanimidade, incluindo o voto do Flamengo.
Além disso, a liga afirma que a proposta do Flamengo de alterar os critérios de distribuição de receitas, substituindo a audiência por cadastros de torcedores, foi rejeitada por outros clubes, tornando falsa a alegação de que não haveria um interesse coletivo. A nota ainda questiona a legitimidade da busca do Flamengo por garantias mínimas de receitas, afirmando que tal disposição só seria válida se a Libra fosse a organizadora do Campeonato, o que atualmente não é o caso.
Por fim, a Libra destaca que a utilização de liminares pelo Flamengo para evitar prejuízos é, de acordo com a análise feita, desnecessária, uma vez que o contrato vigente assegura um montante substancial a todos os clubes envolvidos, o suficiente para evitar perdas. A nota critica a falta de diálogo interno do Flamengo e conclui frisando a importância da coletividade na negociação de direitos, enfatizando que o fortalecimento do futebol brasileiro depende do trabalho conjunto e não de ações individuais.




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