A recente disputa judicial entre o Flamengo e a Libra, entidade responsável pela negociação dos direitos de transmissão dos clubes do Brasileirão, escalou para um embate de declarações públicas. Em uma nota divulgada, a Libra criticou a postura do Flamengo, acusando o clube de disseminar desinformação e de não buscar um diálogo produtivo. O Flamengo, por sua vez, reivindicou clareza e abertura nas discussões sobre os critérios de distribuição de receitas, alegando que o estatuto da Liga deixa lacunas.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, aproveitou a oportunidade para ironizar o Flamengo, comparando a diretoria do clube carioca a "terraplanistas." Segundo ela, esta analogia reflete a crença do Flamengo de que "o sistema solar gira ao redor do Flamengo", uma referência ao que considera como uma visão distorcida da realidade do futebol brasileiro, onde nenhum clube é maior que outro.

A libra, por meio de sua nota, destacou seis pontos críticos que desmentem informações apresentadas pelo Flamengo, afirmando que as regras de distribuição de receitas voltadas para audiência já estão claras no estatuto da entidade e que o Flamengo, na verdade, quebrou o espírito de diálogo ao buscar recursos na Justiça sem um consenso com os demais clubes.

O Flamengo, em resposta, expôs uma lista de clarificações, defendendo sua posição de que nunca se retirou das discussões sobre a liga e que busca um acordo justo. O clube destacou que o estatuto da Libra é omisso em relação aos percentuais de audiência, o que levou à sua insatisfação e a uma ação judicial para garantir a conformidade com os princípios de comunicação e integração entre os clubes.

Os embates entre as partes não são apenas sobre dinheiro, mas também sobre a governança e a união no futebol brasileiro. A Libra e o Flamengo, embora parte de um mesmo conglomerado, estão agora mais distantes do que nunca, cada um defendendo seus interesses e suas verdades. O futuro das disputas internas pode impactar significativamente a maneira como os clubes se organizam e negociam suas receitas, representando um momento crítico para a evolução do futebol no Brasil.