A recente postura do Flamengo em buscar apoio legal para bloquear o repasse de R$ 77 milhões da Libra às equipes do bloco gerou uma onda de críticas, até mesmo de outros setores envolvidos. Em declarações à CNN Esportes, Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União, destacou que a posição do time carioca reflete uma "visão muito míope" em relação à distribuição de recursos.
Lima acrescentou que o Flamengo possui potencial para explorar outras fontes de receita além dos recursos provenientes da televisão. “Estamos acompanhando a questão, mesmo não estando diretamente envolvidos. Meu desejo é que a situação seja resolvida sem a intervenção judicial, pois essa disputa interna compromete os clubes que aguardam a liberação dos recursos”, afirmou Gabriel, apontando para a urgência de uma solução pacífica.
Com sinceridade, ele ressaltou que a perspectiva do Flamengo nesse contexto é limitada. “Dois argumentos técnicos podem ser considerados sem entrar no mérito de quem está certo ou errado. Primeiramente, as ligas mais bem estruturadas realizam uma melhor divisão de seus recursos. Uma divisão mais equitativa proporciona um crescimento saudável e sustentável para todos os clubes envolvidos”, explicou.
O CEO da Liga Forte União também mencionou que, embora equipes como o Flamengo ou o Corinthians possuam vantagens em termos de torcida e possibilidades de monetização, a construção de uma liga que promova a equalização na divisão dos recursos poderia beneficiar o futebol brasileiro como um todo. “Tomemos como exemplo a Premier League: a divisão dos direitos televisivos lá é mais equitativa, mesmo garantindo que clubes de maior renome, como o Liverpool, recebam mais do que o West Ham. Essa sistemática ajuda a favorecer os times com menor capacidade de geração de receita”, concluiu Gabriel Lima, colocando em perspectiva o que poderia ser uma evolução para o futebol no Brasil.




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