A eliminação do Atlético-MG na Taça Libertadores fez com que apenas o Cruzeiro representasse o Brasil no grupo das oito últimas equipes nas quartas de final da competição. O Galo empatou em 1 a 1 com o Nacional de Medellín nesta quinta-feira, no Independência, e se juntou a Flamengo, Grêmio, Botafogo, Atlético-PR no rol de eliminados.

Na visão do apresentador André Rizek, a campanha pode apontada como um fiasco, uma vez que equipes com orçamentos muito mais baixos seguem vivas, como o Bolívar, no lugar dos brasileiros.

- É um fiasco ter apenas um time entre os oito melhores da América pelo nível de investimento. O Bolívar, por exemplo, tem um poder muito baixo de investimento, 50 vezes menor que o Flamengo, e colocou o Fla na roda no Maracanã. Temos times aguerridos, esforçados, mas vimos equipes muito mais frágeis economicamente tocando a bola e envolvendo os brasileiros. Tomamos um banho.

O Cruzeiro, que superou o Cerro Porteño nas oitavas, enfrenta o San Lorenzo nas quartas, time que decretou a despedida do Botafogo ainda na fase de grupos e superou o Grêmio na estreia do mata-mata. O Furacão terminou em 3º na Grupo 1, atrás do Strongest, da Bolívia, e Vélez Sarsfield, da Argentina.

- O Galo acabou antes de ir para o Mundial. Ontem, ressuscitou aquele que ganhou a Libertadores, mas era tarde. Jogou com alma - disse o colunista Xico Sá, da "Folha de S. Paulo".

Na opinião do escritor Ruy Castro, falta um preparo melhor aos jogadores brasileiros na Libertadores. Ele vê equipes apostando em táticas falidas, como o chute para o alto, no lugar da troca de passes.

- Os jogadores sabem que esse não é o futebol mais eficiente, pois a troca de passes e a triangulação é muito mais. Acontece algum desarranjo psicológico nesses times, em que os jogadores esquecem o que podem fazer e ficam nesse jogo improdutivo. Há um descontrole emocional, muita expectativa. Os jogadores entram em campo alterados.