Luiz Felipe Scolari parece mesmo muito preocupado com o jogo de amanhã, contra o Chile — adversário que sempre considerou perigoso e preferia evitar.



No coletivo de ontem, na Granja, o técnico promoveu, desde o início, a esperada entrada de Fernandinho no lugar de Paulinho e também experimentou (na segunda etapa do treino) Maicon na vaga de Daniel Alves e, uma vez mais, Ramires na de Hulk.



A impressão é que apenas a primeira alteração será efetuada na escalação titular contra os chilenos. Mas as outras duas têm grandes chances de acontecer durante o jogo e se tornarem também definitivas a partir das quartas.



As mexidas comprovam que, apesar das palavras elogiosas e da “evolução” que garante ver a cada rodada, o treinador não está satisfeito com o futebol da seleção.



Extremamente dependente de Neymar, o Brasil perdeu o futebol competitivo e eficiente da Copa das Confederações. E isso tem pouco a ver com as dificuldades maiores de um Mundial e muito com a queda de rendimento de jogadores que foram importantes naquela conquista, como Paulinho, Daniel Alves e Hulk (exatamente os que ele pensa em substituir).



Apesar disso tudo, ainda acredito que nos classificaremos, possivelmente, com a melhor atuação na Copa até agora. Jorge Sampaoli, técnico da badalada “La Roja” não é de armar suas equipes na retranca e o jogo franco, historicamente, nos favorece.





Pressão, palavra de ordem



Marcação pressão, no ataque, e como sair desta mesma pressão, na defesa, foram algumas das maiores preocupações de Scolari no coletivo. As cobranças de córner, a favor e contra, outra.



O treinamento não chegou a empolgar, até porque era evidente a preocupação geral em evitar contusões. Ainda assim, David Luiz deixou o campo no meio do segundo tempo, queixando-se de dores nas costas. Dante já está de sobreaviso.







Triste mas justo



É triste ver um craque como Luisito Suárez eliminado da Copa, embora o Uruguai siga em frente. É lamentável mas justo. Já é a terceira vez que ele apela para esse absurdo tipo de agressão: uma mordida! Não dá mais pra ficar passando a mão na cabeça.



São merecidíssimos os nove jogos e os quatro meses de banimento. Só faltou avisar que se houver reincidência será expulso de vez. Até em briga de meninos, morder é inaceitável, por ser considerado coisa de mulherzinha.





Garra x talento



Sem Luisito, a Celeste Olímpica perde muito no poderio ofensivo. Como ele, Cavani é um dos melhores atacantes do mundo, mas sozinho não foi capaz de liderar o time na estreia contra a Costa Rica (derrota por 1 a 0).



Diante disso, e também pelo belo futebol que jogou na primeira fase, a talentosa seleção da Colômbia me parece favorita para passar às quartas de final, onde pode enfrentar o Brasil.



Ainda assim, não se deve menosprezar a garra uruguaia que, certamente, será anabolizada pelo (injustificável, mas compreensível) sentimento de injustiça que se apoderou de seus jogadores.





Fiascos e revelações



Espanha, Itália e Inglaterra lideram o ranking dos fiascos desta Copa mas outras seleções que chegaram aqui cheias de cartaz e tradição também estão devendo. É o caso da Rússia, melancolicamente eliminada após empates com a Coreia do Sul e e Argélia.



No mesmo grupo, a Bélgica acabou em primeiro mas pode ser também incluída, ao menos por enquanto, no rol das decepções. O tal futebol que encantou a Europa, nas eliminatórias, ainda não apareceu. Vamos ver se dará o ar da graça no confronto com os EUA.



A maior surpresa positiva até agora é a Costa Rica. Embora a Colômbia seja quem vem jogando o futebol mais encantador, entre as não favoritas. Nigéria e Argélia levam menção honrosa.







Enganador



E o Fábio Capello, hein? Muito marketing e pouco resultado...