O resultado das eleições de Internacional e Coritiba, realizadas no fim de semana, não gerou meras trocas nas presidências de Colorado e Coxa, mas também tem reflexo na relação dos clubes com a CBF.

No Paraná, Vilson Ribeiro de Andrade, presidente da Comissão de Clubes constituída pela entidade e um dos líderes da representação na rodas de negociação envolvendo a Lei de Responsabilidade do Esporte, não conseguiu vencer a oposição de Alex e do candidato vencedor, Rogério Bacellar.

No Rio Grande do Sul, a oposição (Vitorio Piffero) também derrotou o candidato da situação, Marcelo Medeiros, que se deu mal mesmo apoiado pelo atual presidente, Giovanni Luigi, outro integrante da Comissão de Clubes e que frequentou várias mesas de discussões sobres o projeto que refinancia a dívida dos clubes com a União.

Em relação ao Coritiba, Vilson foi um dos dirigentes que mais cresceu em prestígio junto à cúpula da CBF – José Maria Marin e, principalmente, Marco Polo Del Nero. Prova disso é que recebeu até prêmio na Conmebol pela organização da Copa do Mundo-2014, função que nem chegou a desempenhar.

O sucessor dele se desenha como figura totalmente oposta. Rogério Bacellar teve o apoio do meia Alex, um dos líderes do Bom Senso e crítico da CBF. Como homem forte no futebol do clube, o nome escolhido é João Paulo Medida, diretor da Universidade do Futebol e adepto de ideias contrárias às dos dirigentes máximos do futebol brasileiro no que diz respeito à gestão.

O blog procurou Vilson para saber se o bastão da Comissão de Clubes já tinha sido passado para outro, mas o (ainda) dirigente informou que o tema ainda não foi abordado.

O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, será o remanescente do quórum original da Comissão de Clubes, já que Alexandre Kalil não comanda mais o Atlético-MG, e Mario Gobbi, do Corinthians, também sairá de cena.