Sávio (à dir.), ao lado de Romário e do treinador Washington Rodrigues, que era jornalista, mas foi convidado para comandar o clube
Foto: Luciana Whitaker/Folhapress
O famoso trio formado por Romário, Edmundo e Sávio em 1995 ainda traz lembranças não muito boas à torcida do Flamengo, isso porque o ataque que seria “dos sonhos” acabou ficando marcado como o “pior do mundo” pelos rivais.
20 anos depois, Sávio revelou alguns dos motivos que fizeram com o que o time não engrenasse. Em entrevista exclusiva ao Portal da Band, o ex-jogador do Flamengo disse que faltou, entre outras coisas, mais união no grupo.
“Foi um problema de comando administrativo e do treinador, de vaidades pessoais, o que dificultou bastante o nosso ano. Não adianta ter bons jogadores se o elenco não está forte e trabalhando de forma correta, se não há união. Tinha tudo pra dar certo no Flamengo, mas não é só a qualidade técnica que ganha jogos”, disse Sávio, que hoje trabalha na área administrativa.
Cria da base do Mengão, o ex-jogador de 41 vê com bons olhos a reestruturação do clube no que diz respeito à formação de jovens atletas.
“Nos últimos anos, o Flamengo ficou longe do que fazia no passado. Mas, nos dois últimos anos, começou a resgatar essa formação de jogadores. A preocupação com a base voltou a ser um dos temas principais no clube. Ficou muito tempo longe do ideal, mas está voltando”, completou.
Jogador teve boa passagem pelo Real Madrid
Foto: AFP
O atacante também teve passagem marcante pelo Real Madrid, clube em que se sagrou tricampeão europeu e campeão mundial. Apesar da dificuldade com a adaptação e o idioma, Sávio disse guardar boas lembranças do período na Espanha.
Ele fez questão de elogiar dois técnicos em especial: o holandês Guus Hiddink e o espanhol Vicente Del Bosque.
“O relacionamento com os técnicos foi sempre com muito respeito. Tive o Hiddink, Heynckes e Del Bosque, treinadores com métodos diferentes, mas aprendi muito com eles. O idioma dificultou bastante, mas num conceito geral, foi muito legal. Eu acho que o Guus hiddink foi importantíssimo, e depois passei três anos com o Del Bosque, também me ajudou muito”
A carreira de Sávio acabou marcada por algumas contusões que, segundo o próprio ex-jogador, se deram principalmente pelo excesso de força dos defensores na marcação. Ele acredita que, nos dias de hoje, a “violência” no campo é menor por conta da tecnologia.
“Hoje, dentro de campo, com muitas câmeras, há um cuidado maior. Na minha época era mais difícil, e algumas faltas violentas não eram coibidas. Hoje, com câmeras, tudo tem ajudado”, completou.
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