Defendendo o Flamengo, Dida marca no clássico contra o Vasco (Foto: Edson Santa Rosa/Arquivo pessoal)

Guardador de memórias do craque Dida, Edson Santa Rita costuma lembrar datas marcantes para a história do melhor jogador alagoano de todos os tempos. Esta segunda é um desses dias especiais. Se vivo estivesse, o camisa 10 comemoraria 81 anos. O meia-atacante, que chegou a colocar Pelé no banco de reservas, foi revelado pelo CSA e ganhou destaque nacional com a camisa rubro-negra. Autor de 264 gols, Edvaldo Alves Santa Rita é o segundo maior artilheiro do Flamengo e grande ídolo de Zico.

Nas redes sociais, Edson destaca que Dida faria a diferença se o tempo voltasse e ele vestisse outra vez a camisa do CSA. No Mutange, fez estripulias antes de ser levado para a Gávea.

- Lembranças... Dida, o grande artilheiro do Flamengo e do CSA, e de saudosa memória, nasceu num dia como hoje. Como o meu querido CSA sente a falta de um fazedor de gols como ele! Abaixo, Dida marcando, de cabeça, pelo Flamengo, um dos seus inúmeros gols contra o freguês Vasco da Gama... - postou o irmão de Dida, no Facebook.

O historiador Lauthenay Perdigão deu o nome de Dida ao Museu dos Esportes em Alagoas e também reverencia a memória do craque.

- Todos aqueles que viram o Dida jogar sente sua falta em nossos campos. No Museu dos Esportes, ele será sempre lembrado.
Edvaldo Alves de Santa Rosa morreu no Rio de Janeiro em 17 de setembro de 2002, aos 68 anos.

- Até hoje mando rezar uma missa nesta data para ele, que sempre foi um homem íntegro. Dida foi muito amado pelos fãs e pela família. Temos muitas saudades dele - destacou Edson.

Zico

No ano passado, o Globo Esporte exibiu a dramatização de uma passagem da infância de Zico. O Galinho deu um depoimento especial ao programa e afirmou que Dida inspirou seu futebol.

- Minha memória é de 1961, quando o Flamengo foi campeão do Rio-São Paulo e foi, talvez, o primeiro jogo que eu fui ao Maracanã, com meu pai, e o Dida fez o segundo gol. Meu pai era apaixonado pelo Dida, os meus irmãos, o Antunes, o Edu, o Nando... era tudo Dida, lá em casa só se falava em Dida, e o meu grande sonho era vestir aquela camisa 10 – declarou Zico, que encontrou o velho craque tempos depois, na Gávea.