Clássico dos Milhões, talvez, nunca tenha resumido tão bem um Flamengo x Vasco como o do domingo, dia 22 de março de 2015. Foram, com o perdão do exagero, um milhão de ocorrências. Um Romário político, antes do jogo, evitou dar palpite sobre o vencedor. Com a bola rolando, um verdadeiro dilúvio paralisou a partida por 50 minutos. Depois da trégua da chuva, o Rubro-Negro garantiu o 2 a 1. Capaz de fazer um torcedor ir à loucura, uma confusão gerar quatro expulsões. A partida, válida pela primeira fase do Campeonato Carioca, ainda teve uma linda caneta de Everton em Madson.



Ídolo das duas torcidas, Romário entrou em campo com uma camisa dividida entre as cores do Rubro-Negro e do Cruz-Maltino. Ao lada do filha Ivy, entrou em campo com outras 60 crianças com Síndrome de Down. Foi uma homenagem. Ao falar sobre o jogo, o ex-atacante adotou um discurso político. Preferiu não apontar quem venceria o duelo.



Foi muita água. De acordo com o consórcio que administra o Maracanã, a chuva atingiu 21,8mm. Não à toa, então, o árbitro João Batista de Arruda paralisou a partida aos 22 minutos do primeiro tempo. A bola não rolou por 50 minutos, o tempo suficiente para a drenagem do gramado funcionar: saiu a piscina, voltou a gama.



Antes da parada, a água fez uma vítima: Martín Silva. O goleiro foi tentar sair jogado com Rodrigo. Porém, a bola ficou presa em uma poça. Alecsandro, oportunista, marcou gol ao aproveitar a falha do goleiro uruguaio.



Ao voltar da parada, o Vasco pressionou. Muito. E foi recompensado. Bernardo cobrou escanteio, Julio dos Santos desviou na primeira trave e Gilberto marcou o gol.



Marcelo Cirino invadiu a área. Guiñazu, ao entrar correndo no lance, derrubou o rival dentro da área. Pênalti. Alecsandro bateu com perfeição e decretou o 2 a 1.



Alecsandro comemora seus gols imitando o que sei pai, ex-jogador, Lela, fazia: coloca a língua para fora, ergue as mãos e faz uma careta. Foi o que um torcedor do Fla fez. Flagrado pelas câmeras, em sua versão loucão, virou figura do clássico.



Everton entrou em campo, no segundo tempo, e, com a sua velocidade, ajudou o Flamengo. O lance de maior destaque, porém, foi uma caneta em Madson. Que bonito!



O Vasco buscava o empate. Aos 36 minutos, Bernardo arrancou. Foi derrubado por Paulinho. Não gostou e partiu para cima do adversário. Pronto. Confusão generalizada. Ao fim dela, quatro expulsões, duas de cada lado. Guiñazu e Bernardo, pelo Vasco, Anderson Pico e Paulinho, pelo Flamengo.