Catequizado pelo avô, Wallace abre almanaque de encantamento pelo Fla

25/3/2015 07:37

Catequizado pelo avô, Wallace abre almanaque de encantamento pelo Fla

Capitão rubro-negro vai além da paixão da infância e dá aula de história do clube em visita a exposição na Gávea: "Paixão visceral implantada desde o berço"

Catequizado pelo avô, Wallace abre almanaque de encantamento pelo Fla
Wallace demonstrou conhecimento sobre a história do Flamengo em visita ao FlaExperience (Foto: Cahê Mota)

Quando pisar no Maracanã na noite desta quarta-feira, Wallace lembrará por 90 minutos da criança que ouvia encantada as histórias contadas pelo avô sobre o clube do coração, em Conceição do Coité, no interior da Bahia. Suspenso, não entrará em campo para defender a equipe diante do Bangu, às 22h (de Brasília), pela 12ª rodada do Carioca, mas, como torcedor, viverá com a mesma intensidade mais um pequeno capítulo daquilo que o tem fascinado nos últimos anos: a história do Flamengo. A faixa de capitão que carrega no braço desde a saída de Léo Moura é o ponto alto de uma relação que começou com o coração no Sertão baiano e tomou conta da cabeça do zagueiro, ávido por informações que o transformaram em almanaque rubro-negro.

A relação de Wallace com o Flamengo vai muito além dos 90 minutos de uma partida ou nas idas ao Ninho do Urubu para treinamento. O zagueiro não vive somente o presente do clube. É profundo conhecedor do passado - chega a impressionar - e sonha fazer parte do futuro por ainda muito tempo. Com o desejo já manifestado de encerrar a carreira no Rubro-Negro, o camisa 14 aceitou o convite do GloboEsporte.com para visitar a FlaExperiense, exposição que serve de prévia para o museu na sede da Gávea, a fim de conhecer um pouco mais do clube que capitaneia desde o último mês. Não era necessário. Bastou olhar as primeiras fotos para que começasse a discorrer sobre o tema com rara precisão. Praticamente um guia:

- No interior da Bahia, todo mundo ou boa parte é flamenguista ou torce para os times do Rio. Meu avô é flamenguista e catequizou todo mundo. Todos os meus tios são Flamengo, e eu acabei ouvindo muitas histórias. Meu avô é apaixonado, guarda fitas do Flamengo da década de 1980. Eu ficava encantado e virei flamenguista. Eu já peguei mais a geração Sávio, Edmundo, Romário, Marques, Lúcio Bala... todos esses jogadores. Mas meu grande ídolo de infância foi o Sávio. Essa paixão ficou um pouco de lado quando eu fui para o Vitória, com 11 anos de idade. Me apaixonei pelo Vitória. Mas a paixão pelo Flamengo vem desde moleque.

O conhecimento profundo vem da união de duas paixões: o Fla e a literatura. Do livro "O Vermelho e o Negro", de Ruy Castro, vieram boa parte das informações e dados históricos, que foram ao encontro de tudo que Wallace ouvia do avô e do que tem vivido em campo desde janeiro de 2013. Soma de fatores que o fizeram se aproximar ainda mais da resposta para uma questão: o que é o Flamengo?

- A percepção que eu tenho é que o Flamengo é único. O torcedor do Flamengo não gosta do futebol, gosta do Flamengo. É raro ver uma torcida como a do Flamengo. Fui assistir ao basquete, e a torcida estava lá. Se tem remo, o torcedor do Flamengo vai. Se tem tênis de mesa, o torcedor do Flamengo vai. É claro que o futebol é o carro-chefe, mas onde tiver o emblema do Flamengo, o torcedor vai estar. Essa paixão visceral é implantada desde berço.

Durante o longo passeio pela exposição, Wallace viajou no tempo. Relembrou as origens desde a ideia de Alberto Borgeth de montar um time de futebol no Flamengo com dissidentes do Fluminense, se encantou com a Era Zico e sorriu ao perceber que entrou para essa longa história com os títulos da Copa do Brasil de 2013 e do Carioca de 2014. Mas avisou:

- É bom, mas acho que ainda foi muito pouco.

Confira abaixo todo bate-papo com o capitão rubro-negro.

Como começou sua atração pelo Flamengo? Você já disse que é de infância, de família, mas quais são suas primeiras lembranças de relação com o clube?


No interior da Bahia, todo mundo ou boa parte é flamenguista ou torce para os times do Rio. Meu avô é flamenguista e catequizou todo mundo. Todos os meus tios são Flamengo, e eu acabei ouvindo muitas histórias. Meu avô é apaixonado, guarda fitas do Flamengo da década de 80. Eu ficava encantado e virei flamenguista. Eu já peguei mais a geração Sávio, Edmundo, Romário, Marques, Lúcio Bala... todos esses jogadores. Mas meu grande ídolo de infância foi o Sávio. Essa paixão ficou um pouco de lado quando eu fui para o Vitória, com 11 anos de idade. Me apaixonei pelo Vitória. Mas a paixão pelo Flamengo vem desde moleque.

Qual a lembrança mais marcante que você tem do Flamengo?

O jogo mais marcante foi de 2001, o gol do Pet. Foi o ano que eu tinha acabado de sair da minha cidade para ir para o Vitória. No dia, tinha um Ba-Vi. Eu não desci para ver o Ba-Vi, fiquei no quarto para ver o Flamengo, só eu e um monitor do clube, que por sinal também era Flamengo. Estava 2 a 1 e, aos 43, o Pet acerta aquela falta. É a lembrança mais marcante que tenho.

O que você sabe sobre a história do Flamengo?

Nós sabemos que o Flamengo foi fundado em 1895, meio por causa de umas intrigas amorosas com os remadores do Botafogo. E o futebol do Flamengo só foi surgir no fim de 1911, por causa de uns jogadores que estavam no Fluminense, entre eles Alberto Borgerth, que acabaram brigando com a diretoria do Fluminense e fundaram o Flamengo. Falam que isso já seria um pouco premeditado. O primeiro título do Flamengo foi em 1914. Em 2015, também foi campeão, bicampeão do Carioca. A primeira goleada do Flamengo foi contra o Mangueira, ganhou fazendo 16 gols. Essas curiosidades assim eu procurei saber. O Flamengo também teve a primeira torcida organizada, que foi a Charanga, criada em 1942. Eu acabei sabendo dessas coisas, porque um amigo chamado Conrado me deu o livro “O Vermelho e o Negro”, do Ruy Castro. Acho que esse livro deveria ser de cabeceira para todo flamenguista.

Para você, dentro de campo, como atleta, muda alguma coisa ter esse conhecimento sobre a história do clube? É um processo que deveria ser mais natural dos atletas de buscar esse envolvimento?

É difícil opinar, eu falo por mim. Acho importante saber a história do clube em que você joga. É como uma empresa. Quando você vai para uma empresa, você tem que saber como ela trabalha, as histórias. No Vitória, não era diferente. Com 11, 12 anos, eu não conhecia muito da história e fui procurar saber. No Flamengo, a mesma coisa. Eu tenho amigos em comum com o meu assessor que são flamenguistas fanáticos. O pai do Conrado, aquele meu amigo, também me contou história. O caso, por exemplo, da vingança do Flamengo sobre o Botafogo, do 6 a 0 em 81. Eu gosto desse tipo de história, sou curioso por essas coisas que muita gente não tem acesso.

O que mudou da sua percepção do clube vivendo o Flamengo realmente?

A percepção que eu tenho é que o Flamengo é único. O torcedor do Flamengo não gosta do futebol, gosta do Flamengo. É raro ver uma torcida como a do Flamengo. Fui assistir ao basquete, e a torcida estava lá. Se tem remo, o torcedor do Flamengo vai. Se tem tênis de mesa, o torcedor do Flamengo vai. É claro que o futebol é o carro-chefe, mas onde tiver o emblema do Flamengo, o torcedor vai estar. Essa paixão visceral é implantada desde berço. Tenho amigos que fiz no Rio que colocam o hino do clube já para o bebê ouvir no berço.

E a noção de grandeza? Percebeu já de fora ou mais quando já estava aqui dentro?

Wallace posa ao lado de camisa de Zico em exposição na sede da Gávea (Foto: Cahê Mota)

Na verdade, quando você está dentro não tem noção de como o Flamengo é grande. De fora, sim. Quando você sai, quando você está fora, você percebe. As coisas no Flamengo são oito ou 80. É fato que uma atitude que você tem no Flamengo tem uma repercussão a nível de Seleção, até porque o Flamengo tem mais de 40 milhões de torcedores. Eu brinco com o Gabriel falando que se nós quisermos fugir de falar do Flamengo não temos para onde ir no Brasil. Se formos para o Acre, vamos achar gente para falar sobre. O Flamengo alcança os lugares menos esperados no Brasil e até no mundo.

Você viveu experiências diferentes de paixão. No Vitória, que é uma coisa forte, mas é mais regional. No Corinthians, que é nacional. Qual é a diferença para o Flamengo?

Acho que o Flamengo é macro. Não em questão de comparação. Não tem como comparar Flamengo, Vitória e Corinthians. Eu passei um mês no Ceará, e tem a questão do Fortaleza e Ceará, mas o time de coração de muitos é Flamengo. Eu não sei o porquê. Tem essa coisa do Zico, de jogar o futebol alegre, diferente... Acabou atraindo muitos torcedores. Mas o Flamengo tem um peso diferente. É fato.

Você tem essa consciência de que é um caso raro? Um jogador que passa pelo clube e tem realmente noção da história desse clube.

Sinceramente? Não. Acho que o futebol é a grande paixão de todos no país, mas essa questão de saber um pouco da história é porque eu gosto de história. Eu sei algumas coisas do Corinthians, do Vitória, porque eu acho que esse conhecimento é o que faz eu ter vontade de sentar em um bar para trocar ideia e ter assunto além das quatro linhas. O torcedor quer isso também, que o jogador que esteja ali dentro seja mais um representante do torcedor. Eu costumo falar da questão de ser capitão do Flamengo. Até nisso, o torcedor do Flamengo é diferente dos outros e dá mais ênfase a essa questão. Ele quer um cara que represente, que fale o que ele quer ouvir, que demonstre raça. Se formos perguntar quais capitães são lembrados, pensamos em um ou outro. Rogério Ceni, no São Paulo, D’Alessandro talvez no Inter. Mas você sempre acaba lembrando do Fábio Luciano, do Bruno, do Ronaldinho, do Léo Moura, todos do Flamengo. Até nisso, o Flamengo é um pouco diferente das outras equipes.

Você buscou informações de capitães históricos do clube?

O primeiro capitão do Flamengo foi o Borgerth. Eu não me lembro de muitos, mas tinha o Beto, o Romário, o Fábio Luciano, que teve 94 jogos, mas tem uma identificação absurda com o torcedor do Flamengo. Nós vemos o quanto isso é representativo para o torcedor do Flamengo. Mas a grande referência que o torcedor tem de capitão é o Zico. Além da liderança técnica, tem o exemplo de como era trabalhador, realmente liderava a equipe, reivindicava o que tinha que reivindicar, punha a cara a tapa quando tinha que colocar. Acho que a grande referência é o Zico mesmo.

Como você vê a situação do título do Flamengo do Campeonato Brasileiro de 1987?

Wallace visita sala de troféus do Fla (Cahê Mota)

Eu prefiro não opinar (risos). Eu pouco acompanhei. O módulo era complicado. O Flamengo jogava a Copa União, mas até hoje tem essa história de que o título ficou dividido. Até hoje, quando Flamengo e Sport jogam, tem essa rivalidade de 1987. Nós sentimos isso. Fomos jogar lá no ano passado e víamos o clima. O torcedor do Sport tem essa coisa por causa daquele ano. Acho que 87 é do Flamengo mesmo (risos).

O título de 2009 marca muito pela arrancada que o Flamengo deu, fala-se muito que é a cara do Flamengo.

Esse time estava quase na zona de rebaixamento, muito mal no campeonato, e o Pet começou a jogar muito bem. O Adriano... sem palavras. O que ele jogou no brasileiro esse ano foi um absurdo. Fez inúmeros gols, belos gols. Na volta dele, tem algumas imagens que a torcida coloca um bandeirão para ele, muito bonito tudo isso. Em 2008, viemos jogar contra o Flamengo no Maracanã. Acho que ganhamos por 1 a 0. O Tardelli estava no Flamengo. Lembro que eu estava no banco, e o Mancini me colocou falando: “entra ali de volante e preenche o meio”. A torcida cantou: “Ó, meu Mengão, eu gosto de você”. Foi de arrepiar.

Você viveu uma conquista de Mundial por outro clube. Como é o sentimento de estar li, de conquistar o mundo? Quando você vê essa imagem (Flamengo campeão do mundo), o que passa pela sua cabeça?

Passam coisas legais e únicas. Essa geração selou a sua importância com esse Mundial. Foi a coisa que sela a idolatria que o torcedor do Flamengo tem por Junior, por Zico, Adílio, Leandro, Andrade... Esses jogadores da década de 80. Ganharam por 3 a 0 do Liverpool, dois gols do Nunes e um do Adílio. Hoje, quem está no Flamengo, tinha que entregar a alma em campo. Imagina conseguir outro título desse? Falo assim porque consegui no Corinthians. Não jogando, mas podendo participar. E o torcedor vai ser grato eternamente.

As lembranças que você tinha já do Flamengo tornou o título com o Corinthians mais especial?

Acho que o grande problema do futebol hoje é justamente o cara não tentar se familiarizar com os clubes. Hoje, nós perdemos um pouco essa coisa de moleque. De querer fazer história por um clube, voltar anos depois e ver que conseguiu. Não que eu tenha essa vaidade, mas olha quanta alegria deve der esses ídolos do Flamengo. Outro dia, encontrei o Tita no aeroporto e lembrei. Não o vi jogar e lembrei. Dá para ver a dimensão disso tudo.

E o título da Copa do Brasil?

É bom, mas acho que ainda foi muito pouco. Ano passado poderíamos ter feito um ano melhor, conquistado mais. Estamos felizes porque estamos vendo evolução. Acho que a médio prazo conquistaremos grandes títulos pelo Flamengo. Não que a Copa do Brasil não seja, mas Campeonato Brasileiro também. E depois de 34 anos conquistar uma Libertadores seria demais. Acho que esse é o nosso projeto.

Como que a sua família lida com o fato de você ter vindo para cá?

É meio contraditório o que eu vou dizer. Quando eu estava para vir para o Flamengo, eles foram até contra. A decisão foi minha, mas queria uma resposta deles também. Eu falei: “Olha, eu vou para o Flamengo”. Eles falaram: “Cara, o Flamengo está desorganizado”. E eu disse que, por mais que estivesse assim, eu queria mostrar o meu valor. No Corinthians, eu não consegui. Só um tio falou que eu estava certo. As coisas começaram a dar certo, o clube começou a vencer, saiu daquela zona desconfortável. No fim do ano, eu fui para lá, e eles estavam em êxtase.

Eles falam muito, querem dar conselhos?

Em relação a mim, eles não falam muito, porque eu não dou muita liberdade. Mas em relação ao time, eles dão uma cornetada ou outra. É normal, de torcedor. Eles me cornetam também (risos). É normal. Para o meu avô, foi um motivo de orgulho. Nossa família é humilde. Ter um representante da cidade (Conceição do Coité) aqui no Flamengo... É o segundo da cidade que joga aqui. O primeiro foi o Vandick, que passou entre 88 e 90, mas não teve muito sucesso.

Você hoje é o capitão e é um cara esclarecido. Como você exerce sua liderança internamente e em campo? Tem momento que tem que gritar ou essa sua maneira de lidar com as pessoas é suficiente para conquistar o respeito?

Eu acho que a questão de se impor não vai por essa linha de gritar. Já discuti inúmeras vezes no vestiário, e ninguém sabe. Não vem ao caso. Quantas vezes eu e Luiz Antonio quase saímos no tapa? Mas em prol do Flamengo. Também não acho que seja a linha correta de agir. A liderança é nata. Ela vem com você. Já dei provas disso, e meus companheiros retribuem. A questão de você liderar ou ser capitão de uma equipe tem o fato de as pessoas saberem te ouvir.

É o convencimento na base do respeito, né?

Justamente. Acho que eu tento ser o mais transparente possível. Quando precisar gritar, eu vou gritar. Quando precisar dar uma declaração mais forte para que eles ouçam, vou dar. E quando precisar ser uma coisa mais restrita, ficará entre nós. A função do capitão não é mostrar isso na frente da torcida, vai além disso. É que nós temos um pouco a imagem do xerife. Capitão é só mais um jogador em campo, só que com respeito dado pelos companheiros. Às vezes, eles passam a te ouvir mais pelo fato de você ser mais experiente, ter um pouco mais de vivência.

Você é um jogador marcado pela espontaneidade. Naquele jogo contra o Atlético Mineiro no ano passado, na Copa do Brasil, você expôs sem medo os pontos negativos do time. Você acha que isso pôde fazer com que os jogadores tivessem confiança em você?

Eu sei que às vezes falo coisas que não eram para serem faladas. Todo mundo que me conhece sabe do meu caráter, e isso é o mais importante. Eu falo de coração o que eu quero transmitir, não é só para os companheiros, é para o torcedor também. Nada disso existiria se não fosse a massa. Eles precisam de uma resposta, de uma letra que eu tento passar. Tento passar o meu sentimento. Tem quem compreenda e tem quem não compreenda. Quem não compreende, eu peço paciência, mas estou sendo o mais sincero possível. Algumas vezes, também errei de falar algo de forma muito incisiva e expus algumas coisas que não eram necessárias naquele momento. A questão do Atlético, eu não me arrependo e falaria novamente, porque realmente precisávamos de mudança. É inadmissível isso acontecer. Você acaba ficando marcado para sempre porque tomou de 4 a 1 para o Atlético Mineiro. O cara tem que sofrer também. Eu, particularmente, não consigo dormir dois dias depois de uma derrota dessa. Se o cara não sentir a derrota, ele não tem amor no que faz. O que eu tento passar para o torcedor é que ele saiba que sou pago para sentir essa dor também, e também estar feliz quando vencermos.

Já são dois anos e meio aqui. Você falou que quer ficar até se aposentar. Quando você percebeu que é aqui realmente que você quer ficar?

Eu tinha a intenção de sair. No primeiro ano, minha intenção era vir para o Flamengo, fazer um bom campeonato e zarpar. Precisava me firmar no cenário nacional. Isso me abriria portas. Algumas abriram, nenhuma que eu achasse que valia a pena. Foi passando o tempo, fui me identificando mais, a cidade do Rio é sensacional. É o clube que eu gosto, e tem também a torcida. Hoje não tenho mais esse sonho de jogar na Europa. Começou a despertar em mim esse desejo de marcar a história aqui no Flamengo. Se o Flamengo quiser, eu encerro minha carreira aqui. Falei isso algumas vezes. Meu filho também gosta do Flamengo e fala para eu ficar aqui. O Flamengo tem muito esse lance de reconhecer os seus ídolos. Achei sensacional o que o torcedor fez pelo Léo. Quando o cara vê esse tipo de atitude, tem que se dedicar o dobro. Ano passado, gravei algumas coisas com a minha camerazinha, indo para o estádio. Víamos na rua as pessoas passando de Flamengo. Às vezes não sabemos a dimensão disso tudo, do que representa para o cara sair de casa para ver o Flamengo jogar. Futebol passa tão rápido que só depois que o cara para pensa: “Poxa, não aproveitei tudo isso”.

Vale mais a pena viver isso tudo no seu país do que ir para a Europa apenas pela ambição de jogar na Europa?

A ambição que eu tinha da Europa era coisa de moleque. Depois, eu fui amadurecendo e comecei a pensar em encerrar minha carreira no Flamengo. Mas só se eu estiver jogando em alto nível. Não sei como vai estar o meu estado físico. Espero jogar pelo desempenho que eu esteja tendo. Falo mais uma vez: minha intenção é encerrar aqui no Flamengo, a não ser que aconteça algo extraordinário. Espero que eu já possa renovar contrato inclusive (risos).

Defina Flamengo com uma palavra.

Alma.

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