Recomeçando em Portugal, filho de Bebeto critica Fla: 'Precisam dar mais valor à base'

25/3/2015 08:52

Recomeçando em Portugal, filho de Bebeto critica Fla: 'Precisam dar mais valor à base'

Recomeçando em Portugal, filho de Bebeto critica Fla: Precisam dar mais valor à base
Mattheus escuta Vanderlei Luxemburgo em treino do Fla, em 2014: página virada


"Minha primeira palavra foi 'gol', não foi 'pai', nem 'mãe' (risos). Eu quebrava a casa toda chutando bola, não podia ver nada na frente que queria chutar, desde pequeno estava no sangue". Definitivamente, o destino de Mattheus era ser jogador de futebol.

Filho de Bebeto, um dos heróis do tetra, o meia começou sua carreira aos 10 anos, no futsal do Flamengo. Na Gávea, passou oito anos, sendo lapidado na fábrica de craques rubro-negra para um dia ser, assim como seu pai, titular da linha de frente flamenguista.

As primeiras chances vieram cedo. Logo aos 17 anos, já treinava com os profissionais, logo após conquistar o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A estreia pelo time adulto veio já no ano seguinte, no Campeonato Carioca, com mais algumas oportunidades no Brasileirão.

Ao mesmo tempo, vinham as convocações para as seleções de base, assim como os olhares cheios de cobiça dos times europeus. Em 2013, a poderosa Juventus, da Itália, quase o levou por R$ 5 milhões, mas um aumento de 900% no salário o fez renovar com o Fla por três anos.

Era a hora de brilhar, de ser o craque, de honrar o nome de Bebeto. Certo?

Mas foi aí que tudo desandou.

No primeiro jogo do time rubro-negro em 2014, Mattheus perdeu uma chance clara de gol e acabou substituído debaixo de muitas vaias na vitória por 1 a 0 sobre o Audax. No jogo seguinte, até se redimiu, fazendo uma linda jogada e dando assistência para o tento do triunfo sobre o Volta Redonda. No entanto, a irregularidade seria a marca do atleta, e as chances começaram a rarear.

Sem espaço na equipe onde cresceu, o meia acabou acertando por empréstimo com o Estoril, de Portugal, onde tenta recomeçar e reencontrar o bom futebol dos tempos da base. De Portugal, ele trata o Flamengo como "página virada" na carreira, e também critica o clube por não saber como tratar as joias de suas categorias inferiores.

"O clube precisa dar mais valor para a base. Não adianta cobrar sem dar uma sequência ao jogador, ainda mais porque a transição da base para o profissional é muito difícil", dispara o meio-campista, de 20 anos, em entrevista à Rádio ESPN.

"É preciso dar sequência de jogo para os garotos. Não adianta jogar uma vez e depois só depois de um mês atuar de novo. Você precisa de confiança, de alguém que fale: 'Você só precisa se preocupar em jogar, mais nada'. Caso contrário, é óbvio que o cara não vai jogar", prossegue Mattheus, que agora só pensa no futebol internacional.

Mattheus: 'Flamengo é página virada'

"O Flamengo para mim é hoje uma página virada. Minha cabeça está toda no Estoril. Estou feliz e motivado por estar aqui, atuar na Europa sempre foi um sonho meu de infância e é muito bacana estar num clube em crescimento, que já disputou duas edições da Liga Europa", discursou.

Apresentado em fevereiro por seu novo time, o filho de Bebeto tem contrato com a equipe lusa até o meio do ano, com possibilidade de compra. O contrato com o Flamengo, renovado em maio de 2013, vai até 2016.

Até o momento, o novo camisa 27 da equipe amarela ficou apenas no banco em duas oportunidades, sem ainda ter feito sua estreia pelo novo clube. A próxima chance é no dia 4 de abril, no difícil duelo contra o Porto, no Estádio do Dragão.

Do embala-nenê a trapalhadas com Joel

Mattheus virou famoso antes mesmo de nascer, graças ao gesto imortalizado por seu pai na Copa do Mundo de 1994. Quando Bebeto marcou contra a Holanda, nas quartas de final, fez a famosa comemoração do "embala-nenê", já que o filho havia nascido apenas dois dias antes da partida, no Rio de Janeiro. Mais de duas décadas depois, isso é assunto sempre presente na vida do ex-flamenguista.

Bebeto 'embala o nenê' na Copa de 94

"É bem comum ouvir das pessoas que que se lembram muito da comemoração do meu pai e não acreditam como tempo passa rápido. Vejo muitos vídeos da Copa de 94, vi o jogo da Holanda e da Itália na ESPN quando estavam passando as reprises. É engraçado isso de ser conhecido logo que nasci", comentou.

O filho de Bebeto, inclusive, já teve até que dar explicações a uma televisão holandesa, que o questionou sobre o gesto.

"Perguntaram se era algum tipo de homenagem pra mim ou se meu pai estava tirando sarro da cara deles, porque eles nunca tinham visto ninguém fazer algum gesto parecido com aquilo (risos)! Mas expliquei tudo direitinho e acho que, pela primeira vez, eles entenderam o que aquilo significou", contou.

Dos tempos de Flamengo, Mattheus guarda memórias boas e ruins, e também algumas histórias bem engraçadas. A melhor delas aconteceu com o técnico Joel Santana, a quem o meia trata como um "segundo pai", e faz o atleta do Estoril cair na risada.

Mattheus não se firmou no Flamengo

Aconteceu em um Grêmio x Flamengo, no Rio Grande do Sul, em 24 de junho de 2012. A equipe gaúcha vencia por 2 a 0 e, para tentar mudar o panorama do duelo, Joel chamou Mattheus, que havia atuado apenas duas vezes pelo profissional. O garoto aqueceu, viu as instruções na prancheta do "professor" e ouviu do treinador: "Meu filho, vai lá e entra no lugar do Pet".

Só havia um problema: o sérvio Petkovic não estava mais no Fla, já que havia se aposentado um ano antes...

Mattheus teve que se virar.

"Eu pensei: 'Do Pet? Mas ele se aposentou!'. Por ser moleque, achei que, se eu perguntasse pro Joel, ele ia me dar um esporro e desistir de me colocar no jogo. Fui correndo preencher a súmula, olhava pro campo e pensava: 'Quem será que ele quer tirar? Ibson não é, Aírton também não pode ser...'. Quando olhei no ataque, estava o Botinelli. 'É ele mesmo! O cara é gringo, loiro e joga na frente, só pode ser ele' (risos)", gargalha.

E, de fato, o argentino era o eleito de "Papai Joel" para sair. Mattheus chamou o gringo e entrou na partida, mas nada pode fazer, e o Fla acabou derrotado mesmo por 2 a 0. Apesar da derrota, a memória que ficou daquele jogo para o canhoto foi cômica.

"Se eu quisesse, poderia ter substituído qualquer um aquele dia, mas o Joel ia comer meu fígado (risos). Eu adoro o Joel, é uma figuraça, um pai pra mim. Foi o cara que me lançou no profissional, que me deu oportunidades e confiança. É um paizão", lembrou.

1989 visitas - Fonte: ESPN


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