Torcida do Flamengo tem a segunda maior média de público pagante do Campeonato Brasileiro (Foto: André Durão)

A volta do Flamengo ao Rio de Janeiro foi de mais protestos da torcida em meio à campanha pífia do time neste início de Campeonato Brasileiro. Mas as mesmas bocas que bradam contra jogadores e diretoria também ajudam e incentivam nos jogos. É isso que acredita Eduardo Bandeira de Mello. Em entrevista ao programa "Olha o Gol", da Rádio Globo, o presidente rubro-negro lembrou os momentos difíceis vividos no ano passado e convocou os flamenguistas para voltarem em peso ao Maracanã neste sábado, às 18h30 (de Brasília), contra a Chapecoense

- Nos piores momentos, a torcida, que é nosso maior patrimônio, é preponderante para nos ajudar a superarmos nossas crises. Ano passado chegamos a ficar em último lugar e a torcida foi decisiva para sairmos de lá. É por isso que o Flamengo é grande - afirmou Bandeira.

Os números comprovam o apoio dos rubro-negro, apesar da má fase do time. O Flamengo já levou 54.081 pessoas em dois jogos como mandante e tem a segunda maior média de público pagante neste início de Brasileirão: 27.041, só atrás do Palmeiras, que tem 34.101.
Entre as reclamações dos rubro-negros que foram recepcionar a delegação no aeroporto Santos Dumont, estavam os pedidos de contratações. Muitos gritaram "cadê o dinheiro do sócio-torcedor?" em direção aos dirigentes que passavam no local. Bandeira de Mello admitiu que trazer jogadores de nome é uma forma de acalmar os ânimos dos torcedores. Disse que está prestes a anunciar mais reforços, mas alegou que só vai revelar quando estiver fechado:

- Fizemos este investimento emblemático que foi a contratação do Guerrero e estamos em via de trazer mais jogadores. A gente acalma nossa torcida com notícias concretas, e não com especulações. Tem que sondar nomes, vários, para ficar com um. Os casos que avaliamos, Robinho, Ganso... Nenhum desses vazou do nosso lado. Não tem por que enganar o torcedor.
Recentemente, o Flamengo fez uma investida em Ganso, do São Paulo. Bandeira de Mello se reuniu na última quarta-feira com dirigentes do clube paulista e apresentou uma proposta de 3 milhões de euros (R$ 10,59 milhões) pelos 32% dos direitos econômicos do meia que pertencem ao Tricolor – o restante é do Grupo DIS. A oferta foi rejeitada e uma contraproposta foi feita, mas diante dos altos valores, o Rubro-Negro teria recuado.