Cristóvão Borges vê racismo nas críticas a seu trabalho no Flamengo: ‘A tolerância comigo é diferente’

11/8/2015 11:25

Cristóvão Borges vê racismo nas críticas a seu trabalho no Flamengo: ‘A tolerância comigo é diferente’

Cristóvão Borges vê racismo nas críticas a seu trabalho no Flamengo: ‘A tolerância comigo é diferente’
Técnico do Flamengo, Cristóvão Borges, reclamou que sofre com racismo Foto: Michel Filho / Agência O Globo

O técnico do Flamengo, Cristóvão Borges, revelou que é vítima de racismo na sua primeira passagem pelo time. Em entrevista ao canal “ESPN Brasil”, o treinador afirmou que as críticas que recebe da imprensa têm teor discriminatório. O comandante, que assumiu o Rubro-negro em maio deste ano, após a demissão de Vanderlei Luxemburgo, se sente perseguido.

– São as coisas que estão acontecendo, venho sofrendo críticas que fogem do padrão normal do futebol. Começam com as críticas, as críticas insistentes, contínuas e diárias. Existem críticas exacerbadas que, por serem sistemáticas, viraram perseguição. E algumas com conotação racista, sim. Então vira perseguição e, no conteúdo de algumas dessas críticas, existem componentes racistas, sim. Por exemplo, foi citado que o Flamengo, na hora de escolher o treinador, deixou de escolher o Oswaldo de Oliveira para escolher o do Pelourinho – desabafou o técnico. – Fica difícil para esse tipo de pessoa se esconder. Me sinto preparado para estar aonde estou, mas quando me atinge como cidadão, vou procurar meus direitos para me fazer respeitar. Somos uma democracia, mas o racismo às vezes é camuflado.

Para Cristóvão, a tolerância com ele é diferente se comparada a ouros treinadores brasileiros. Ele acha que as pessoas têm menos paciência por ele ser negro. Até o momento, o treinador comandou o Flamengo em 15 partidas, com sete vitórias, um empate e sete derrotas.

– A tolerância comigo é diferente, sempre foi. Agora, isso não é uma coisa que me afete a ponto de atrapalhar meu trabalho. Isso não, porque eu me preparei para estar nessa situação. Só que, quando passa do ponto, quando me atinge como pessoa, como cidadão, aí sim eu vou procurar meus direitos para me fazer ser respeitado – afirmou.

Cristóvão eximiu a torcida do Flamengo de qualquer ato racista contra ele. O técnico ainda garantiu que não quer passar a imagem de “pobre coitado” ao expor tal reclamação.

- Sou um treinador que sempre foi bastante criticado, não só agora, mas a minha função, assim como de um árbitro, sempre tem críticas, mas nunca reclamei delas. Mas esse tipo de pessoa vai querer usar a torcida do Flamengo, que não tem nada a ver com isso. Para eles eu sou tido como um abusado, de estar em uma posição em que eu coloco minhas ideias e contesto caso necessário. Minha posição não é de pobre coitado. Vivo bem pois estou trabalhando em um clube maravilhoso, vendo meu trabalho, que teve um início complicado, mas vejo uma melhora - finalizou.

Cristóvão Borges já havia sofrido com o mesmo problema quando treinou o Vasco, entre 2011 e 2012.

928 visitas - Fonte: Extra Globo


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