Ederson concedeu coletiva após o treino desta quinta-feira no Ninho do Urubu (Foto: Fred Gomes/ Globoesporte.com)

Ederson esteve bem à vontade em sua estreia pelo Flamengo, na vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-PR, na quarta-feira. Com segundos de bola rolando, partiu para cima de defensor rival e arriscou pedaladas. No lance seguinte, gingou pela esquerda e obrigou Weverton a espalmar para escanteio. Participou do segundo gol, ganhando disputa pelo alto, e sofreu a falta que resultou no terceiro. De acordo o meia, a tranquilidade exibida para assumir a camisa 10 da Gávea foi adquirida após papo com a pessoa que melhor a vestiu: Zico.

- Procurei não me focalizar nisso. Encontrei o Zico, e ele me disse uma coisa muito simples, mas de fundamental importância: esquecer o número e jogar o que sei. Busquei fazer o que o professor me pediu e ajudar tanto na fase ofensiva quanto defensiva. Assim as coisas acontecem naturalmente, sem colocar pressão extra, o que pode até prejudicar - afirmou.

Outro tema abordado por Ederson foram as cobranças de falta, fundamento ao qual sempre deu atenção especial em todos os clubes pelos quais passou. Antes de Alan Patrick fazer o gol que fechou a vitória rubro-negra contra os paranaenses, o camisa 10 conversou com o companheiro e achou por bem sair da bola. É válido destacar: o Flamengo não marcava gols desta forma há 25 jogos, desde o dia 28 de março, quando Matheus Sávio, em tentativa de cruzar bola para a área, surpreendeu o goleiro do Bonsucesso - o Fla venceu por 2 a 0.

- Eu e Alan trabalhamos bem esse fundamento e treinamos faltas muito bem no treino anterior ao jogo. Eu sofri a falta, e ele estava se sentindo confiante. Decidi deixá-lo tranquilo para cobrar. O essencial é continuar trabalhando. Nós dois podemos dar boa contribuição nessas cobranças de falta. É um fundamento que, quanto mais você trabalha, mais aprimora. A gente espera fazer mais gols desse jeito, porque é fundamental bater bem faltas no futebol moderno. Nesse tipo de lance você pode decidir os jogos.