Do início avassalador à queda brusca: 60 dias de Oswaldo de Oliveira no Fla

21/10/2015 07:35

Do início avassalador à queda brusca: 60 dias de Oswaldo de Oliveira no Fla

Após primeiro mês quase perfeito com arrancada no Campeonato Brasileiro, técnico enfrenta primeira turbulência no comando do time. Aproveitamento até aqui é de 58%

Do início avassalador à queda brusca: 60 dias de Oswaldo de Oliveira no Fla
Oswaldo de Oliveira completou dois meses no comando do Flamengo neste retorno depois de 12 anos longe. Contratado para substituir um questionado Cristóvão Borges mantido até o último segundo pela diretoria, o técnico viu seu nome virar quase unanimidade ao conduzir o clube em uma arrancada surpreendente que garantiu um retorno momentaneo ao G-4 do Brasileiro após quase quatro anos longe. Porém, as flores caíram e o quadro se inverteu nos últimos 30 dias. A euforia que chegou a proporcionar até um rápido flerte com o título deu lugar à primeira turbulência com cinco derrotas em seis jogos. Oswaldo viu o mundo girar em pouco tempo.

O técnico foi apresentado em agosto horas depois da demissão de Cristóvão Borges. Na chegada, não escondeu a satisfação de voltar ao time do coração e ainda encontrou espaço para elogiar o antecessor. De fato, Oswaldo não fez alterações profundas na equipe. A grande mudança aconteceu na zaga, que hoje tem Samir como titular.

Oswaldo de Oliveira fechou o primeiro bimestre no comando do Fla com um aproveitamento regular de 58%. Cristóvão deixou o clube com 46,2%. Com o novo técnico, o Rubro-Negro disputou 13 jogos até aqui. Foram sete vitórias - seis em sequência -, um empate e cinco derrotas. A equipe marcou 19 gols e sofreu outros 16.

Confira os momentos marcantes de Oswaldo de Oliveira nestes dois meses antagônicos


Oswaldo tinha logo na estreia um adversário do alto da tabela. Embora estivesse há dois jogos sem vencer na ocasião, o São Paulo ainda alimentava sonho de título. Porém, depois de sair atrás no placar, o Rubro-Negro fez um bom segundo tempo e conseguiu a virada. O gol da vitória foi marcado por Guerrero, que na época também enfrentava um jejum de pouco mais de um mês. O peruano chegou a chorar depois de balançar as redes. Era o início animador de Oswaldo de Oliveira.


O segundo jogo de Oswaldo de Oliveira no comando do time já era uma "decisão". O técnico tinha a missão de virar o confronto pelas oitavas de final contra o arquirrival Vasco. O Fla havia perdido o primeiro duelo por 1 a 0 ainda sob o comando de Cristóvão Borges. O Rubro-Negro acabou eliminado com o resultado de 2 a 2 no retorno. Porém, a avaliação foi de que o técnico fez o que podia e ainda conseguiu fazer o time ter uma atuação razoável. O gol da eliminação foi tomado em uma bola aérea, um vilão da época que se transformou em missão para o técnico ajustar com sucesso em seguida. O revés não significou uma mácula no seu recente comando.


A eliminação na Copa do Brasil não esmoreceu o Flamengo na perseguição ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Ainda sem Guerrero lesionado, o duelo na Arena das Dunas, em Natal, contra o Avaí revelou um dos personagens da arrancada: Kayke. O atacante marcou duas vezes na vitória por 3 a 0 com autoridade. A festa nas arquibancadas crescia junto com o time.


Embalado com a vitória em cima do Fluminense, o Flamengo enxergava pela primeira vez uma oportunidade real de voltar ao G-4 depois de quatro longos anos afastado. O adversário era o Cruzeiro num Maracanã com 43 mil pessoas. Empurrado pelos gritos das arquibancadas, o Rubro-Negro venceu a quinta consecutiva: 2 a 0. O primeiro gol foi marcado por Alan Patrick, um dos protagonistas da arrancada. Reserva, Luiz Antônio fechou o placar com um golaço de fora da área. Depois de 138 rodadas, o Fla estava de volta ao G-4. Oswaldo de Oliveira esteve prestes de viver o ápice do período de comando.


Depois de entrar no G-4, a pergunta era: quem seria capaz de parar o Flamengo? O sexto triunfo consecutivo veio em cima da Chapecoense, fora de casa. O Flamengo aplicou um 3 a 1 sem grande esforço que fez a torcida dormir sonhando com o título. As comparações com a arrancada vitoriosa de 2009 eram inevitáveis. Oswaldo não sabia, mas o voo em céu de brigadeiro terminava ali, em Chapecó.


Com a confiança nas alturas e com um Mané Garrincha lotado com quase 70 mil pessoas, o Flamengo ia em busca da sétima vitória consecutiva - o que seria um recorde do clube no Brasileirão. O adversário era um claudicante Coritba, lutando para fugir do rebaixamento. O roteiro parecia perfeito: estádio cheio, time confiante e adversário da parte debaixo da tabela. Porém, o que se viu foi um pesadelo rubro-negro. A equipe não se achou em campo. Com apenas 15 minutos de jogo, o Coritiba construiu a vitória por 2 a 0. O destino ainda reservou uma combinação de resutados ruins para o Flamengo, que acabou deixando o G-4. E para não voltar mais...


A queda em Brasília parece ter mexido com o Flamengo. Para piorar, o adversário seguinte era o Atlético-MG em guerra declarada ao líder Corinthians. Combinação explosiva. O Rubro-Negro novamente não foi nem sombra do time da arrancada e sofreu a primeira goleada sob o comando de Oswaldo de Oliveira: 4 a 1. A partida contou ainda com um pênalti perdido por Alan Patrick logo no início do jogo e um gol contra do zagueiro Marcelo. O G-4 escapava dos olhos ali.


A pausa no Campeonato Brasileiro para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo veio em bom momento para o Flamengo. Oswaldo de Oliveira teria o primeiro grande espaço de tempo para trabalhar o time. A má notícia era apenas o desfalque de Guerrero, convocado para a seleção peruana. No entanto, foi justamente após os 10 dias de trabalho que o time conheceu a sua pior derrota sob o comando de Oswaldo de Oliveira. Apático, o Flamengo foi atropelado pelo Figueirense, no Orlando Scarpelli: 3 a 0. O próprio técnico Oswaldo de Oliveira reconheceu a má atuação flamenguista na ocasião.


A confiança no Flamengo já não era a mesma do período da arrancada. Algumas peças do time eram constantemente questionadas. Apesar de tudo, a torcida deu um voto de confiança e compareceu em bom número para o jogo contra o Internacional. O time até apresentou um bom início, mas foi à lona com o gol colorado justamente no melhor momento rubro-negro na partida. A relação de lua de mel com a torcida acabou. O time deixou o campo na derrota por 1 a 0 sob gritos de "time sem vergonha". Na coletiva, um Oswaldo de Oliveira diferente. Com respostas duras e até um momento de irritação, o técnico reachaçou insatisfação do torcedor e disse ainda que o time apresenta as mesmas estatísticas da arrancada. Fato é que o Fla caiu para a décima colocação e tem agora somente 3% de chances à Libertadores, de acordo com o matemático Tristão Garcia.

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